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‘Se gay busca Deus, quem sou eu para julgar?’, diz o Papa

on seg, 29/07/2013 - 10:18
segunda-feira, 29 Julho, 2013 - 10:15

O Papa Francisco disse nesta segunda-feira (29) que os homossexuais não devem ser “julgados ou marginalizados” e que devem ser integrados à sociedade.

Conversando com jornalistas a bordo do avião que o levou do Rio a Roma após aJornada Mundial da Juventude, Francisco também afirmou que, segundo o Catecismo da Igreja Católica, a orientação homossexual não é pecado, mas os atos, sim.

“Se uma pessoa é gay e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?”, disse.

“O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem”, disse. “Ele diz que eles não devem ser marginalizados por causa disso, mas que devem ser integrados à sociedade.”

“O problema não é ter essa orientação. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby por essa orientação, ou lobbies de pessoas invejosas, lobbies políticos, lobbies macônicos, tantos lobbies. Esse é o pior problema”, disse.

As declarações foram feitas quando o Papa respondia a uma pergunta sobre o chamado lobby gay do Vaticano.

“Vocês veem muito escrito sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um documento de identidade dizendo que é gay”, brincou.

Mulheres
Francisco também afirmou que a proibição de mulheres sacerdotes na Igreja Católica é “definitiva”, apesar de que ele gostaria que elas tivessem mais papéis de liderança nas atividades pastorais e de administração.

“A Igreja falou e disse ‘não’… essa porta está fechada”, disse, em seu primeiro pronunciamento público sobre o tema como Papa.

Ele se referiu a um documento firmado pelo falecido Papa João Paulo II de que o banimento do sacerdócio feminino era parte dos ensinamentos infalíveis da Igreja e é definitivo.

A Igreja afirma que não pode ordenar mulheres porque Jesus só escolheu homens para serem seus apóstolos. Defensores do sacerdócio feminino dizem que ele estava agindo conforme os costumes daquele tempo.

Fonte:G1