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Capital tem três bairros em estado crítico para infestação de mosquito

on ter, 27/02/2018 - 15:28
terça-feira, 27 Fevereiro, 2018 - 15:30
Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado
 
Três bairros de Campo Grande estão entre os mais críticos quando o assunto é infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue zika e chikungunya. São eles: Itamaracá, Universitário e Cidade Morena. A informação foi divulgada nesta terça-feira (27), pela Coordeadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau).
 
Conforme Eliasze Guimarães, coordenador do controle de endemias vetoriais da Sesau, o índice de infestação predial (IP), que apontou estes três bairros como os mais críticos, é resultado de cálculo feito pelos agentes de controle de endemias com base nos focos de mosquito encontrados nos imóveis vistoriados.
Quando o resultado do IP é menor que 1 o índice é “satisfatório”. Entre 1 e 3,9 é estado de alerta. Acima de 3,9, é considerado de risco.
Cidade Morena lidera o ranking dos locais mais críticos, com índice de 11,7. Dos 205 imóveis visitados naquela área, foram encontrados 24 focos do mosquito.
 
No Universitário foram localizados 45 focos nas 412 casas visitadas. O índice de infestação na região ficou em 10,9.
O índice de infestação no Itamaracá fechou em 9,6. Dos 166 imóveis inspecionados, 16 tinham foco do mosquito.
Ao todo, foram vistoriados 15.827 imóveis em Campo Grande. Deste total, 15% apresentaram índice satisfatório, 48% em alerta e 37% em área de risco.
Diferente do que ocorreu em anos anteriores, as visitas dos agentes foram feitas com base na localização das unidades básicas de saúde e a região que cada uma delas atende. A ideia é facilitar ações de prevenção.
 
“Não tem como comparar número deste ano com anteriores porque o método de avaliação mudou, mas enquanto houver infestação vamos continuar trabalhando. Trabalho de rotina, de orientação, visita as comunidades”, pontuou Guimarães.
Dentre os trabalhos, o de conscientização de "agentes transformadores" que acabam sensibilizando outros moradores a não acumularem lixo, não deixarem água parada e evitarem qualquer ação que facilite a infestação do mosquito.
 
OS VILÕES
 
Ainda segundo Guimarães, o principal “vilão” encontrado nas residências quando o assunto é foco de reprodução do Aedes é o balde doméstico, seguido do pneu, vasos de planta e caixa d’água.
Existe um projeto de utilização de caminhão da prefeitura para colher pneus em borracharias de pequeno porte. “É melhor a gente fazer esse trabalho paternalista do que se dar ao trabalho muito mais difícil que é o de pegar pneu na rua”, declarou.
 
Não há índice de infestação no Jardim Batistão em decorrência de armadilhas montadas pelos agentes em imóveis da região. Isto não quer dizer que os moradores devem ficar despreocupados porque vários ovos do mosquito foram encontrados nestas armadilhas. Os trabalhos de orientação e prevenção continuam na localidade.

Fonte: Correio do Estado