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Corumbá: corpo é comido por bichos esperando investigação de homicídio

on sex, 17/08/2018 - 14:07
sexta-feira, 17 Agosto, 2018 - 14:00

Foto: arquivo pessoal / EdiçãoMS

 

O corpo de Geraldo Maciel Ferreira, de 60 anos, está sendo comido por bichos, em meio ao pasto da fazenda São Gabriel, na região pantaneira. Ele foi morto no último dia 11 e até o fechamento desta reportagem as autoridades policiais não tinham entrado num acordo, principalmente pela falta de estrutura, de quem iria ao local fazer a investigação: Coxim ou Corumbá.

Embora a fazenda fique no município de Corumbá, está mais perto de Coxim. Entretanto, nenhuma das delegacias tem estrutura para chegar até o local, que depende de aeronave. O proprietário da fazenda, T.O.G., de 43 anos, não tem avião e tão pouco a obrigação de custear o deslocamento da Polícia Civil, assim como da perícia, até a propriedade que fica a 170 quilometros de Coxim.

Enquanto isso, a família de Caracol vive a angústia de não ter o corpo para cerimônia de velório e enterro. O advogado do fazendeiro, Diego Francisco, disse que seu cliente informou sobre o ocorrido à delegacia de Corumbá. O proprietário conta que no dia seguinte foi ver o corpo e avistou um avião descendo na fazenda, mas, como estava longe, ele não teve como chegar rápido perto da aeronave, que decolou antes que isso acontecesse.

Preocupado com a situação, o fazendeiro procurou a delegacia de Coxim e registrou um boletim de preservação de direito, na terça-feira (14). Três dias se passaram, desde a última comunicação a polícia, e o corpo continua caído no pasto, em estado de putrefação, sendo comido pelos bichos. A previsão é que a família da vítima chegue ainda hoje em Coxim.

Foto: arquivo pessoal / EdiçãoMS

O crime

 

A vítima passava pela fazenda e pediu para dormir, no dia seguinte quis matar uma vaca e foi alertada pelo responsável, P.R.S., de 71 anos, que ele não poderia fazer aquilo, pois não tinha permissão. Foi quando Geraldo teria sacado uma arma e disparado contra o capataz, acertando seu braço, na altura do ombro. Os dois entraram em luta corporal e “P” conseguiu tomar a arma, mas, a vítima sacou o segundo revólver, foi quando o capataz disparou contra ele.


Fonte: EdiçãoMS