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Eliminação no Campeonato Paulista põe fim à 'era Juvenal' no São Paulo

on qui, 27/03/2014 - 13:50
quinta-feira, 27 Março, 2014 - 14:30

A era Juvenal Juvêncio acabará da pior maneira possível no São Paulo. A eliminação para o Penapolense nas quartas de final do Campeonato Paulista, no Morumbi, foi o último ato do presidente no poder. O dirigente, que se diz o maior vencedor da história do clube, se despede de forma melancólica, mas com grandes chances de fazer seu sucessor nas eleições do próximo dia 16 de abril.

Com problemas de saúde, Juvenal vem aparecendo pouco publicamente, mas continua extremamente poderoso. De sua sala no estádio do Morumbi, toma as decisões do departamento de futebol. Gustavo Vieira de Oliveira, diretor, e João Paulo de Jesus Lopes, vice do setor, apenas as executam.

Os últimos resultados, porém, são um contraponto ao que ele não se cansa de bradar. Entre trocas de treinadores e mudanças no elenco, o Tricolor só venceu a Copa Sul-Americana no fim de 2012, competição secundária para quem tanto sonhou com o tetra da Libertadores.

No ano passado, o presidente viveu seu pior momento, com entre erros gerenciais e fracassos dentro de campo. O time passou boa parte do Brasileirão lutando contra o rebaixamento e só se salvou depois que Muricy Ramalho foi contratado. O mesmo técnico que o presidente demitiu por não vencer a Libertadores, em 2009. 

 

Abilio Diniz, Muricy Ramalho e Juvenal Juvêncio (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Juvenal Juvêncio, com o técnico Muricy Ramalho e o empresário Abílio Diniz (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

Diretor de futebol nas conquistas da Libertadores e do Mundial de 2005, Juvenal assumiu o lugar de Marcelo Portugal Gouvêa no ano seguinte. Foi tricampeão brasileiro (2006, 2007 e 2008). Fora de campo, acumulou derrotas e vitórias. Rompeu com a CBF, mas, como resposta, acabou vendo o Morumbi ficar fora da Copa do Mundo.

Internamente, ficou ainda mais poderoso. Tanto que conseguiu aprovar no Conselho Deliberativo o aumento no tempo de mandato, subindo de dois para três anos. Em seguida, por uma manobra, obteve a segunda reeleição, algo até então proibido no estatuto. 

Desde que Juvenal assumiu a presidência, o São Paulo foi tricampeão brasileiro e levou também uma Copa Sul-Americana

Os últimos três anos, aliás, foram os piores, com o Tricolor obtendo maus resultados e longe da briga por grandes títulos. Além disso, o time que se gabava de sua organização, passou a conviver com constantes trocas de treinadores e reformulações do elenco a cada resultado negativo nas competições.

Como presidente, Juvenal verá o São Paulo em ação pela última vez no dia 9 de abril, contra o CSA, pela segunda partida da primeira fase da Copa do Brasil. Depois, pensará apenas em eleição. Carlos Miguel Aidar, candidato da situação, disputa com o oposicionista Kalil Rocha Abdalla.

G1