Em Camapuã moradores transformam rua em lixão

A rua Lucas Alves do Valle no bairro Cophavalle (BNH) tem se transformado em depósito de lixo e com a chuva se tornando um lugar ideal para a proliferação de insetos e animais peçonhentos, sobretudo como criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.

A via que tem pouco fluxo de veículos e pedestres fica no final da vila e quase não possui residências de um lado, talvez se tornando por esse motivo um atrativo para moradores transformarem justamente essa parte da rua em deposito de lixo.

No local é possível encontrar de tudo em matéria de lixo, inclusive orgânicos que são recolhidos periodicamente pela coleta pública, mas que alguns indivíduos preferem descarta-los na via, até carcaças de geladeiras, fogões, galhos de árvores e principalmente restos de materiais utilizados na construção civil.

Entramos em contato com a Seiesp (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos) onde fomos informados pelo secretário Luiz Moreira que o serviço de limpeza daquela rua foi feito a menos de 30 dias e os moradores voltaram a jogar entulhos.

O secretário ainda lembrou que a prefeitura disponibiliza caçambas para que sejam depositados os entulhos, o valor é de R$ 34,00, mas para a população carente que não pode realizar o pagamento é cedido gratuitamente. Luiz fez questão de salientar que em breve a Seiesp estará realizando mutirões de limpezas bairro por bairro.

Em alguns municípios a Polícia Militar Ambiental tem multado moradores que praticam esse crime, Camapuã não tem ainda uma legislação que autoriza o poder público a multar os infratores.

Dengue

Nossa reportagem constatou que entre os materiais descartados no “lixão” vários se transformaram em depósitos perfeitos para que o mosquito Aedes Aegypti se reproduza.

Entramos em contato também com o setor de endemias para saber como está o quadro da dengue no município, fomos atendidos pelo responsável Mario do Carmo Ferreira, ele relatou que neste ano já foram confirmados três casos da doença. Mario lembrou que em todos os casos foram confirmados pela rede particular de saúde, ele relatou ainda que em janeiro já foram notificados outros seis casos, ainda não confirmados.