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Ex-prefeito pernambucano condenado a mais de 75 anos é preso na fronteira

on seg, 09/04/2018 - 13:54
segunda-feira, 9 Abril, 2018 - 13:45
Foto: divulgação / PC de Pernambuco
 
A Polícia Federal de Ponta Porã prendeu, na noite de domingo (8), o ex-prefeito de Senharó, cidade do interior de Pernambuco. Raniere Aquino de Freitas, que estava foragido da Justiça desde novembro de 2016, quando foi condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato de um pecuarista da região, além de crimes de corrupção ocorridos em sua gestão. Somadas, as penas ultrapassam 75 anos.
 
Raniere cursava Medicina em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia em que morava. No momento da abordagem, ele apresentou documento falsificado em nome de outra pessoa e por isso também foi indiciado por uso de documento falso.
 
A Justiça Federal já havia expedido 13 mandados de prisão contra o político por outras acusações além do homicídio, como falsificação de documento público, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, corrupção passiva, fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança, corrupção ativa, falsificação de papéis públicos e dispensa irregular de licitação. 
 
O caso foi registrado na delegacia da PF de Ponta Porã, mas o ex-prefeito seria encaminhado para um presídio estadual, de onde depois seria transferido para a cidade pernambucana.
 
O CRIME
 
O assassinato aconteceu em agosto de 2003. Freitas contratou um policial militar aposentado para executar a tiros José Arnaldo Didier Leite em sua chácara, na zona rural de Sanharó. A motivação para o crime teria sido brigas e desavenças entre os grupos políticos.
 
Em 2016, na época do julgamento, Freitas já cumpria pena em um presídio da cidade após ser condenado por corrupção, acusado de desviar cerca de R$ 112 mil dos caixas públicos, além de irregularidades em licitações.
 
Após a condenação, o ex-prefeito alegou problemas cardíacos e conseguiu autorização para cumprir a pena em casa, com uso de tornozeleira eletrônica, mas fugiu em 28 de outubro daquele ano, antes mesmo de instalar o equipamento na Justiça de Pernambuco. 

Fonte: Correio do Estado