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Fazendeiro é multado em R$ 13 milhões por desmatar 684 hectares em MS

on seg, 16/05/2016 - 10:45
segunda-feira, 16 Maio, 2016 - 10:45

A Polícia Militar Ambiental (PMA) multou em R$ 13 milhões o proprietário de uma fazenda localizada a 40 quilômetros da área urbana de Bonito, a 278 quilômetros de Campo Grande. No local, policiais flagraram desmatamento e uso de drenos. O produtor rural tem 57 anos e mora em São Paulo.

Conforme a PMA, foram constatados, via medição por GPS, 26 quilômetros de drenos, perfazendo uma área de 993 hectares. Os drenos estavam interligados a outros em uma propriedade vizinha e desaguavam no rio da Prata, ponto turístico da região.

Em análises a imagens de satélites, os policiais verificaram que a maior parte dos drenos foi construída a partir de ano de 2013. Os drenos seriam usados para secagem do solo das várzeas para o plantio agrícola.

Na área vistoriada havia acabado de ser colhida soja e seria plantado milho. Para isso, foram desmatados 684 hectarres de vegetação de várzea. A terra já estava preparada para receber as sementes. 

Diversas áreas estavam com degrações ambientais, inclusive perto de nascentes e olhos d' água, que são protegidas por lei como áreas de preservação permanente (APP) e tinham vegetação arbórea.

A retirada da vegetação e as valetas afetaram propriedades vizinhas, causando erosões. A sedimentação ocasionada pelos drenos afetou o rio da Prata. O rio, que possui águas naturais límpidas, estava com alta turbidez nos dias das vistorias.

Todas as atividades irregulares na fazenda foram interditadas. Em caso de recurso sobre o valor da multa aplicada, cabe ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) verificar.

Foram feitas imagens áereas e terrestres. Elas irão subsidiar a parte criminal e irão servir de base para o Ministério Público, em possível ação civil pública para a reparação dos danos ambientais.

Além da multa, o fazendeiro responderá por crimes ambientais e poderá pegar pena de prisão de um a três anos por crime ambiental de destruir área de preservação permanente e mais um a seis meses por construir atividade poluidora sem autorização do órgão ambiental.

O proprietário rural foi notificado a apresentar plano de recuperação da área degradada  junto ao órgão ambiental. Os autos também serão encaminhados ao Ministério Público.


G1