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Inquérito aponta jovem como mentor de assassinato de policial em MS

on seg, 10/02/2014 - 13:16
segunda-feira, 10 Fevereiro, 2014 - 13:15

A Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira (10), em Campo Grande, o relatório do inquérito que investigou a morte do investigador Dirceu Rodrigues dos Santos. A peça foi encerrada e será encaminhada à Justiça e ao Ministério Público Estadual (MPE). Seis pessoas foram indiciadas e um adolescente cumpre medida socioeducativa.

Conforme o delegado João Reis Belo, um dos responsáveis pela investigação, o inquérito concluiu que um jovem de 21 anos foi o mentor da execução no dia 29 de janeiro em uma casa na Rua dos Topógrafos, bairro Campo Nobre. Ele foi o responsável pelos três disparos, que feriram a vítima no abdômen e cabeça. Outro rapaz, de 19 anos, e o adolescente, de 15, tiveram envolvimento direto no assassinato.

Outros três homens foram responsabilizados pela receptação das armas utilizadas no crime, sendo que uma delas era do policial. E uma mulher, de 50 anos, vai responder por receptação porque a joia, objeto roubado que o policial procurava no dia em que foi morto, foi encontrada em sua casa. Ela é mãe dos dois jovens suspeitos de participar diretamente do assassinato.

Os envolvidos já foram encaminhados para unidades penitenciárias de Campo Grande, bem como o adolescente encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) do bairro Los Angeles.

Três armas apreendidas com os suspeitos foram encaminhadas para perícia e o laudo deve ser finalizado na quinta-feira (13). Ainda de acordo com Reis, a morte de Dirceu teve como causas hemorragia interna e traumatismo cranioencefálico, produzidos por disparos de arma de fogo.

Crime
A polícia descartou hipótese de emboscada no caso. De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf), Fabiano Nagata, Santos, acompanhado de outro policial, foi ao local para checar informações sobre uma joia avaliada em cerca de R$ 80 mil.

Os dois foram ao local e Santos ficou esperando do lado de fora enquanto o colega entrou no local sem arma. Na versão da polícia, o investigador que entrou na residência foi reconhecido e agredido, desmaiando em seguida. Ainda desmaiado, o policial foi levado para fora da casa, retomou a consciência, conseguiu fugir, escondeu-se e acionou outros colegas.

Foi a partir da movimentação que os suspeitos decidiram sair do imóvel, ainda conforme o delegado, e obrigaram Santos a soltar uma pessoa que estava no veículo e que estava lá porque teria fornecido informações sobre o paradeiro da joia. Após tirar o detido da viatura, Dirceu foi ferido por um tiro no abdômen, correu, caiu alguns metros depois e foi alvejado por mais dois disparos na cabeça. Estes últimos, feitos da arma dele, que foi recolhida para exames balísticos.

Conforme a versão da polícia, os suspeitos não sabiam que Dirceu era policial. O inquérito, segundo os delegados, não soube explicar porque os criminosos executaram a vítima, sem saber que ela era policial, e não tomaram a mesma atitude com o homem que renderam dentro da casa, mesmo sabendo que ele era policial.

G1