O juiz da 9ª Vara Cível de Campo Grande, Maurício Petrauski, bloqueou os bens da empresária Livia Maymone, dona da Coelho & Netto Turismo, por vender ingressos para a Copa do Mundo que não foram entregues aos clientes. A ação foi movida por cinco pessoas que compraram os bilhetes e não os receberam a tempo de assistir ao mundial. A decisão é do dia 10 de junho, mas foi publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da Justiça.
Lívia disse que a companhia dela tem parceria com a DMX Tours, empresa do Rio de Janeiro que era responsável pela entrega dos ingressos, mas não fez o repasse. Ela disse que o bloqueio dificultou as negociações com o banco para obter dinheiro para ressarcir os consumidores. No entanto, garantiu que todos os prejudicados serão reembolsados.
A empresária disse ainda que fez parceria com a mesma empresa do Rio para a Copa das Confederações e Rock in Rio e que nunca houve problemas nos repasses. Lívia afirma que registrou um boletim de ocorrência contra a companhia carioca.
Em comunicado no site oficial, a DMX afirma que lamenta o transtorno ocorrido com a venda de pacotes para a Copa do Mundo e que o departamento jurídico está tomando providências para que os clientes sejam ressarcidos.
Na decisão, o juiz afirma que mesmo o repasse dos ingressos sendo de responsabilidade da empresa da DMX Tours, é “evidenciada também a responsabilidade objetiva e solidária dos requeridos em vista de fraude perpetrada pela outra empresa de turismo do Rio de Janeiro”.
Ainda conforme a decisão, o bloqueio de bens assegura “o resultado útil do processo, em vista do prejuízo que os autores tiveram com a compra de ingressos para a Copa 2014 que não foram entregues, e do elevado número de ingressos negociados pelos demandados, havendo, em tese, responsabilidade solidária dos requeridos com a empresa de Turismo sediada no Rio de Janeiro, que teria agido de maneira ilícita”.
G1
