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Justiça estende prazo para ex-governador de MS pagar fiança de R$ 1 milhão

on ter, 16/05/2017 - 14:44
terça-feira, 16 Maio, 2017 - 14:30

Foto: Reprodução / TV Morena

 

juiz da 3ª Vera Federal Fábio Luparelli decidiu estender o prazo para o pagamento da fiança de R$ 1 milhão determinado ao ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (PMDB) na Operação Máquinas de Lama. O prazo terminaria às 18h (de MS) desta segunda-feira (15).

O peemedebista terá mais cinco dias para pagar a fiança. A decisão foi baseada no pedido do advogado René Siufi que solicitou a liberação do valor equivalente ao da fiança de contas bloqueadas do ex-governador.

A fiança foi uma das restrições da Justiça Federal ao ex-governador que foi alvo da 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada no último dia 11 de maio. Puccinelli também prestou depoimento e está usando tornozeleira eletrônica.

A operação é relacionada à fraude em licitações e corrupção com dinheiro público e é desdobramento de outras três, realizadas entre 2015 e 2016: Lama Asfáltica, Fazendas de Lama e Aviões de Lama.

A suspeita é que o prejuízo aos cofres públicos seja de R$ 150 milhões, somente com fraudes detectadas nesta 4ª fase de investigação de desvios de recursos destinados a serviços e compras públicas, entre eles de obras em rodovias e aquisição de livros.

Os investigadores acreditam que as empresas faziam parte do esquema para o pagamento de propina e até mesmo para esquentar dinheiro que era desviado dos cofres públicos.

Dentre os alvos da operação estão o grupo JBS, a Águas Guariroba, concessionária de água e esgoto de Campo Grande, a HBR Medical, que fornece programas de computador para clínicas e hospitais e a H2L, especializada em soluções para documentos.

De acordo com as investigações, as empresas atuavam em várias áreas. Nas sedes e unidades de cada uma, a PF apreendeu documentos e materiais. A suspeita é de que elas seriam beneficiadas com licitações fraudulentas, empregos de materiais de baixa qualidade, aumento de preços nas obras e isenção de impostos.

Ainda de acordo com a PF, investigações revelaram que a fraude em licitações e superfaturamento de obras eram feitas com documentos falsos para justificar a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos, e para obtenção de benefícios e isenções fiscais.

Os valores repassados como propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. Daí o nome da operação.

Prisões

O ex-servidor da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, na gestão de André Pulccinelli, Jodascil da Silva Lopes, considerado foragido se apresentou nesta segunda-feira na Superintendência da Polícia Federal. Depois de prestar depoimento, ele foi recolhido em cumprimento ao mandado de prisão.

Jodascil é investigado por ter autorizado a compra de 100 mil livros de literatura infantil sem licitação que custaram R$ 11 milhões. O esquema, segundo a investigação, era para lavagem de dinheiro. Os livros foram adquiridos junto à gráfica Alvorada, do empresário Mirched Jafar Júnior, também preso na operação.

O ex-servidor também teria arrecadado propina paga pela Concessionária Águas Guariroba, que comprou mlhares de cópias de livros do André Puccinelli Júnior, filho do ex-governador. Foram três mil livros que custaram R$ 300 mil. O material foi repassado para outro investigado.


Fonte: G1MS