Skip directly to content

MS tem rodovias bloqueadas e trabalhadores de braços cruzados

on sex, 28/04/2017 - 10:29
sexta-feira, 28 Abril, 2017 - 10:15

Foto: Claudia Gaigher / TV Morena

 

A capital de Mato Grosso do Sul amanheceu sem transporte público nesta sexta-feira (28). Nenhum ônibus saiu das garagens. Manifestantes fecham a rodoviária do município e bloqueiam a BR-158 e 262, em Três Lagoas; a BR-463 e a 163, em Dourados. Também há manifestação da construção civil e de metalúrgicos. Polícia Civil também participa do movimento. Todos são contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Transporte

Campo Grande ficou sem ônibus entre 5h e 8h30 (de MS). Conforme o Consórcio Guaicurus, que administra o serviço de transporte público no município, em média, 30 mil pessoas andam de coletivo nas primeiras horas da manhã na capital sul-mato-grossense.

O transporte coletivo de Campo Grande conta com 595 veículo e 190 mil usuários/dia, segundo a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus.

Em Dourados, estudantes fecharam a saída de ônibus na única empresa que faz o serviço na cidade. Somente os veículos que saíram antes das 5h30 estão rodando.

Foto: Diogo Nolasco / TV Morena

 

Aulas

Segundo a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), a maioria dos sindicatos municipais aderiu ao movimento de paralisação nesta sexta-feira. A Federação afirma ainda que 97% das 362 escolas estaduais estão sem aulas.

A Prefeitura de Campo Grande informou que faz levantamento de quantas escolas estão sem aula. A Secretaria de Estado de Educação também busca informações junto aos colégios para verificar quais aderiram ao movimento.

Trabalhadores da construção civil também fazem atos isolados nos canteiros de obras, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Campo Grande. No início da manhã, houve manifestação na construção de um prédio residencial localizado no bairro Chácara Cachoeira, com participação de cerca de 200 pessoas, conforme a organização. Não havia polícia no local.

Aproximadamente mil trabalhadores de indústrias metalúrgicas da capital sul-mato-grossense também cruzaram os braços, de acordo com sindicato que representa a categoria.

Rodovias

Conforme a PRF, as BRs 158 e 463 estão bloqueadas por manifestantes contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Em Três Lagoas, o trânsito está impedido perto da rotatória da BR-262 por uma mobilização do Sintrapel (Sindicato dos Trabalhadores na indústria do papel) e do Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliários e Montagem de Três Lagoas e Região).

Os manifestantes bloquearam a pista com um guincho e protestam com faixas e carro de som. Conforme a PRF há aproximadamente 50 manifestantes, porém a quantidade de pessoas no local é maior, cerca de 12 ônibus que levavam trabalhadores para uma fábrica foram parados. Só estão sendo liberadas para passagem as viaturas de polícia e ambulância.

Ainda em Três Lagoas, 17 estudantes liderados por sindicalistas, segundo a PRF, fecham a BR-158, no km 259.

Foto: Diogo Nolasco / TV Morena

 

Em Dourados, o km 7 da BR-463 está bloqueada por sem terra desde às 7h40 (de MS). Aproximadamente 50 manifestantes interditaram a rodovia com troncos de madeira. Eles pretendem fazer bloqueios de uma hora e liberar por 20 minutos durante o dia todo. Só estão sendo liberadas para passagem as viaturas de polícia e ambulância.

Também em Dourados há interdição feita por indígenas no km 3 da BR-463. No mesmo município há bloqueio ainda no km 260 da BR-163.

Polícia Civil

Os Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, também adereriram à paralisação. Em Campo Grande, cerca de 150 policiais estão reunidos em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), do Centro. Segurando cruzes, faixas e cartazes, os agentes interdiram um lado da rua Padre João Crippa.

Segundo o Sindicato da Categoria (Sinpol), a paralização ocorre em todas as cidades do estado. Os serviços foram parcialmente suspensos. Apenas os boletins de ocorrência de flagrantes em casos mais graves estão sendo registrados.

Foto: Sinpol / Divulgação


Fonte: G1MS