Skip directly to content

Oito detentos de cadeias no AM são transferidos para presídios federais

on seg, 10/12/2012 - 13:59
segunda-feira, 10 Dezembro, 2012 - 14:00

 A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) realiza na manhã desta segunda (10) a transferência de oito presos de unidades prisionais de Manaus para os Estados de Rondônia e Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pelo titular da Secretaria, Márcio Meirelles.

Segundo o secretário, os presos transferidos estavam na Unidade Prisional do Puraquequara, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim e Instituto Penal Antônio Trindade. Três dos detentos serão encaminhados para o presídio federal da cidade de Porto Velho, em Rondônia, e os outros cinco para o município de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul.

Os detentos foram levados para o anexo do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, onde irão embarcar para Porto Velho e Campo Grande. Equipes da Polícia Militar realizam a escolta.

Ação do Depen

Meirelles informou que a ação de transferência dos detentos foi coordenada pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN). Segundo ele, um estudo realizado pelo órgão do Governo Federal apontava para a necessidade dessa mudança de presídios dos presos devido ao elevado número de motins e rebeliões registrados no Estado nos últimos meses.

"Esse foi um trabalho foi ao longo dos últimos meses e contou com a parceria do governo estadual. É uma medida necessária para que voltemos à normalidade e uma maneira de se combater o crime organizado", disse Meirelles, ressaltando se tratar de uma forma do poder público lutar contra o crime, considerado por ele, como articulado e não organizado. O secretário ainda descartou a possibilidade de novas transferências envolvendo detentos do Amazonas.

Rebeliões em série

Nos últimos dois meses, o Amazonas registrou um aumento no número de rebeliões nos presídios do Estado. No dia 26 de outubro, detentas da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, colocaram fogo em colchões do presídio. Três pessoas ficaram feridas.

No dia 27 de outubro, presos da delegacia do município de Parintins se rebelaram para exigir melhores condições. Após dez horas de tensão, os policiais conseguiram controlar os problemas e a revolta chegou ao fim.

Já em 17 de novembro, sete pessoas foram feitas reféns em rebelião no Centro de Detenção Provisória (CDP), sendo quatro agentes carcerários e um advogado. O motim terminou com a transferência de 27 detentos para a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Dois dias depois, um tumulto aconteceu no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT) por causa da transferência de 13 detentos. Os presos queimaram colchões e provocaram quebra-quebra no local. Todos os envolvidos também foram transfeiridos para a UPP.

Já no dia 20 de novembro, internas da ala feminina Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), realizaram mais um motim. Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), 48 presas fizeram cinco reféns. Entre as reivindicações estavam melhoria no atendimento médico, troca da assistência social e fim de supostos maus tratos.