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Preço do boi gordo atinge nove recorde em MS, diz Famasul

on qua, 19/03/2014 - 13:17
quarta-feira, 19 Março, 2014 - 13:15

O preço da arroba do boi gordo registrou um recorde histórico no mês de fevereiro em Mato Grosso do Sul. Segundo o Departamento Econômico da Federação de Agricultura e Pecuária do estado (Famasul), no mês passado o valor médio foi de R$ 108,81 a arroba, o que representou um aumento de 2% frente ao valor de janeiro, R$ 106,31 a arroba.

Quando comparada a cotação de fevereiro de 2014 com a do mesmo mês em 2013, R$ 93 a arroba, a Famasul aponta que o aumento registrado é ainda maior, 20%. Para a assessora técnica da entidade, Adriana Mascarenhas, a alta do setor é resultado da oferta restrita de boi gordo pronto para o abate e do aquecimento da demanda, tanto no mercado interno quanto no externo.

"Como já era esperado pelo setor, o preço atingiu recorde em fevereiro impulsionado pelo crescimento expressivo das exportações, que subiram no período 66% em relação a 2013", ressalta.

Exportações
Segundo a assessora da Famasul, as vendas internacionais da carne bovina produzida no estado totalizaram 15,5 mil toneladas em fevereiro deste ano, resultando na receita de US$ 65,6 milhões, 27% a mais que em 2013. O principal comprador foi a Rússia, com participação de 54,2%, ao adquirir 8,4 mil toneladas da carne sul-mato-grossense. 

De acordo com Adriana, a tendência é de novas elevações nas exportações do setor no decorrer do ano. "Países tradicionalmente fornecedores mundiais de carne bovina, como Austrália e Estados Unidos, apresentam dificuldades de produção, por causa de eventos climáticos, com isso, o Brasil deve atrair novos mercados".

Além dos fundamentos citados, a assessora da Famasul enfatiza que após alguns anos de negociação, existe a possibilidade de exportar carne bovina in natura para os EUA, fato que alavancará o setor. "Os americanos são referência mundial no sistema sanitário, então, caso as vendas se concretizem, vender para eles abrirá um precedente que poderá influenciar outros mercados a negociar com  o Brasil".

G1