Skip directly to content

"Quadrilha do Chevette" só parou em casa que tinha 3 tipos de trava

on ter, 23/01/2018 - 07:54
terça-feira, 23 Janeiro, 2018 - 07:45

Foto: Reprodução / Vídeo

 

Um portão social incrementado com fechaduras extras, travas elétricas no portão de elevação, muros protegidos por cerca elétricas e câmeras de segurança vigiando por 24 horas. Esse foi o cenário que a “quadrilha do Chevette” encontrou em uma das residências escolhidas como alvo no Carandá Bosque. Mas, ali, os suspeito não conseguiram entrar.

Toda a ação, assim como outros furtos feito pelo grupo, foi gravada pelas câmeras de segurança no dia 16 deste mês, mesmo dia em que os suspeitos furtaram casas no Cabreúva e na Vila Nascente. Nas imagens é possível ver os quatro envolvidos chegarem ao local e tentarem arrombar o portão por três vezes

Depois de “cuidarem o movimento” e tocarem o interfone, para ter certeza de que não havia ninguém em casa, um dos suspeito se afasta, corre e chuta o portão. Sem sucesso, os suspeitos tentam forçar o portão de elevação e, como não conseguem, um segundo integrante do grupo tenta abrir a tranca novamente com um chute.

Essa é a terceira vez que bandidos tentam entrar na casa e por isso, o assessor jurídico, de 41 anos, que preferiu não se identificar, reforçou a segurança. “Meu portão social tem duas fechaduras tetras e o de elevação trava elétrica, foi por isso que não eles não conseguiram entrar, da outra vez chutaram o portão social, mas também não conseguiram arrombar”.

“Por mais que a fechadura seja segura, o chute deles é muito forte, não segura. A lataria do meu portão já é mais grossa e eles conseguiram amassar bastante”, lembrou o morador. Desde a tentativa do furto, o assessor viu os vizinhos seguirem seu exemplo e investirem em novas fechaduras. “Duas vizinhas vão colocar essa fechadura tetra”.

“Essas fechaduras extras ajudam muito. Quanto o bandido chuta o portão ele quebra a lingueta e essas fechaduras reforçam o portão, elas dividem a força, dificilmente vão conseguir arrombar”, explicou Reginaldo Salomão, delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

Conforme o delegado, a proteção extra nas casas torna o “alvo” mais difícil e muitas vezes impede os crime. “As travas no portão de elevação funcionam igual. Ela vai travar a base e com isso eles não conseguem forçar o portão. O que tem ajudado muito também são as redes de solidariedade, em WhatsApp. Combinar se alguém ver uma movimentação estranha acionar a polícia. Essa troca de informações é muito legal”, defendeu o delegado.

No Carandá, ainda muito antes do furto, os vizinhos se uniram para tentar garantir um pouco mais de segurança. “Temos um grupo no WhastApp, um vizinho ajuda o outro, mas ainda assim é complicado. Comentei com um vizinha que daqui uns dias nossa casa vai parecer aqueles muros de presídio”, lamentou.

Segurança - No mercado, aqueles que querem investir em segurança encontram uma variedade de opções que no prática servem “para dificultar” a vidas dos assaltantes.

 

Alarmes monitorados, que permite ao morador receber um comunicado assim que a casa for invadida, circuito de câmeras cada vez mais avançados que podem ser acessados pelos proprietário por um aplicativo de celular, cercas, travas elétricas que trabalham junto com o motor de elevação e sensores de movimento também para os portões, são algumas dos serviços oferecido por por empresas de segurança.

“Os sensores nos portões avisam o momento em que alguém tenta arrombar e um segurança é enviado para verificar. A travas elétricas também são indicadas nesses casos e hoje o morador pode monitorar o que acontece dentro da casa em tempo real”, garantiu a gerente de uma dessas empresas - localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran.

A quadrilha - Os quatro suspeitos foram identificados pela polícia e um deles acabou preso em flagrante na sexta-feira (20). Lucas Rodrigues Godoy, de 23 anos, foi apontado como o motorista do Chevette, que acabou apreendido por investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 4ª Delegacia de Polícia Civil, do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da 3ª Delegacia.

Ainda estão foragidos Gustavo Canhete Conceição, o Vó, 21 anos (o que aparece vestido de preto nas filmagens) e os irmãos Jhon Peter Lucas de Lima, 21 anos, e João Vitor Lucas de Lima, 18 anos. Dos quatro apenas Lucas não tinha passagem pela polícia. Os outros três são fichados e estão foragidos do sistema prisional.


Fonte: Campo Grande News