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Agressor de Bolsonaro passa por perícia de sanidade mental
quarta-feira, 5 Dezembro, 2018 - 07:30
Foto: arquivo / Correio do Estado
Adélio Bispo Pereira, agressor do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) passou por exames para análise de sua sanidade mental nesta segunda-feira (3), no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, onde ele está preso desde o dia 8 de setembro. Também nessa segunda, o ministro Gilmar Mendes negou pedido da Revista Veja para entrevistar o acusado.
Dois médicos psiquiatras selecionados pela Justiça Federal de Juiz de Fora realizaram a perícia. De acordo com o jornal O Globo, o juiz Bruno Savino, que conduz o caso na 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora (MG), deu o prazo de 10 dias para que os psiquiatras apresentem o laudo do exame.
Caso seja atestado que Adélio é parcialmente incapaz de discernir o que é certo do que é errado, juiz deve reconhecer a semi-imputabilidade do réu e reduzir a pena.
No caso da avaliação apontar que ele é totalmente incapacitado, Adélio pode ser transferido para uma instituição de tratamento psiquiátrico.
Outra possibilidade é o exame apontar que Bispo não sofre de distúrbios mentais. Nesse caso, ele pode ser condenado e cumprir pena que pode chegar a 20 anos de prisão.
Um dos advogados do agressor, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, afirmou ao O Globo que acredita que o exame atestará incapicade. “Para mim foge da normalidade uma pessoa cometer um ato desses e dizer que agiu em nome de Deus”, disse o advogado.
DENÚNCIA ACEITA
No início de outubro, a A Justiça Federal acolheu denúncia do Ministério Público Federal contra o pedreiro Adélio Bispo de Oliveira por atentado pessoal por inconformismo político. O crime é previsto no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
O inquérito da Polícia Federal afirma que ele agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”. “No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, diz o inquérito.
Imagens exclusivas da TV Integração mostraram Adélio Bispo tentando atacar o candidato poucos metros antes de onde conseguiu cometer o crime, na Rua Halfeld, no Centro de Juiz de Fora
Foram verificados mais de 250 gigabytes de informações em mídias, incluindo dados de celulares e do notebook do suspeito, assim como cerca de 600 documentos.
Segundo a polícia, a pena para o crime pelo qual Adélio Bispo de Oliveira foi indiciado é de três a dez anos de prisão e, em caso de lesão corporal grave, pode ser aumentada até o dobro.
AGRESSÃO
No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro fazia corpo a corpo com eleitores na Rua Halfeld em Juiz de Fora. Adélio foi preso em seguida e levado para a delegacia da Polícia Federal (PF), onde confessou o crime.
No dia seguinte, o presidenciável foi levado para o Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo (SP). Antes, passou por cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora. Após três semanas de internação, Bolsonaro recebeu alta.
Desde que a defesa pediu para que Adélio passasse por uma perícia médica para avaliar sua saúde mental o processo está suspenso na Justiça.
Fonte: Correio do Estado