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Além do botão do pânico, governo de MS quer instalar câmeras em 100% das escolas
quinta-feira, 4 Janeiro, 2024 - 12:00
Em 2023 o Brasil registrou o maior número de atentados em escolas desde 2002, segundo dados do Instituto Sou da Paz. Por aqui, houve um "surto" de ameaças, além de episódio como mãe batendo em rival de filha e pancadaria entre os próprios adolescentes. Diante do medo dos pais com a violência, o Governo de Mato Grosso do Sul garante que houve reforço nas instituições de ensino que em 2024 deve avançar, com 100% das escolas monitoradas, além das rondas e do botão do pânico na ativa.
Centro de monitoramento da Secretaria de Educação. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Atualmente, 85% das unidades escolares contam com câmeras de segurança e durante todo o ano passado, as rondas escolares feitas pela Polícia Militar fizeram parte do cotidiano e serão mantidas.
Informações da SED (Secretaria de Estado de Educação) são de que o serviço de monitoramento de vídeo está presente em 298 das 349 unidades escolares, com exceção das unidades rurais ou indígenas, que estão localizadas em regiões sem internet. “No entanto, existe a previsão de atingir a totalidade das escolas da REE (Rede Estadual de Ensino) no decorrer deste ano de 2024”, cita a secretaria.
Entre as ações implementadas no ano passado que visam prevenir ou coibir ataques ou ações violentas dentro das escolas, a SED comenta que existe o botão do pânico, que é um aplicativo disponibilizado em todas as unidades que contam com o monitoramento por câmeras. “Ele fica disponível via celular para os servidores da escola e pode ser acionado de acordo com a situação observada para relato e atendimento de diversas ocorrências”.
Outra ação iniciada em 2023 foi o Nise (Núcleo de Inteligência de Segurança Escolar) que atua junto ao Cosi (Centro de Operações de Segurança Integrado), que é o videomonitoramento integrado. Esse serviço também atua na fiscalização e reposição de bens nos casos de vandalismo ou furtos ocorridos nas dependências escolares.
Aplicativo do botão do pânico, implementado em 2023. (Foto: SED)
Rondas - O contato com as equipes da Ronda Escolar é por meio do aplicativo. Em seguida, são acionados policiais militares do programa “Escola Segura, Família Forte”, sem qualquer necessidade de registrar o pedido de ronda ou apoio pelo 190. Ainda assim, em 2023, houve um cronograma diário de visitas e rondas nas unidades escolares.
No ano passado, em Campo Grande, todas as 78 escolas da rede foram atendidas pelo “Escola Segura, Família Forte”, mas a partir de 2024 a previsão é de expandir o programa para as maiores cidades do interior do Estado. “Estamos na fase de planejamento para implantar em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Corumbá”, afirmou o coordenador do programa na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Valson Campos dos Anjos.
Militares em ronda escolar no ano passado. (Foto: SED)
Por fim, serviço de acompanhamento psicológico é feito pela Coped (Coordenadoria de Psicologia Educacional) e envolve os setores da saúde, assistência social, justiça e segurança pública. O objetivo é criar ferramentas que garantam permanência dos estudantes na escola, atuando nas questões que “incidem no processo de ensino e aprendizagem ou em violações de direitos”.
Entretanto, o serviço não visa um atendimento clínico, que só pode ser feito pelos órgãos de saúde, mas sim de encaminhamentos e instrumentalização das escolas.
Fonte: Campo Grande News