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Alunos sem acesso à internet podem ligar nas escolas para agendas aulas
quarta-feira, 20 Maio, 2020 - 07:00
A SED (Secretaria Estadual de Educação) realizou um censo entre os professores da rede estadual e calcula que 1,92% dos 210 mil alunos não estão tendo acesso aos conteúdos nesta época de pandemia, nem à distância, pelo sistema google class, nem pela busca periódica de material impresso nas escolas.
Nessa imagem, aluno aplicado resolve exercícios da apostila com o sistema online ligado, mas não é todo mundo quem tem a mesma possibilidade (Foto: Kisie Ainoã)
Com a volta do ano letivo batendo à porta nesta terça, à distância, a orientação para quem não tem internet é acionar a escola. Há duas possibilidades: a busca dos materiais ou agendar o uso dos computadores.
Superintendente de Informação e Tecnologia da SED, Paulo Cezar Rodrigues afirma que mais de 90% das 355 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul tem salas de tecnologia que contém, em média, 20 computadores.
A SED, explica ele, orientou as direções das escolas de como administrar as idas dos alunos para usar os computadores levando em conta, sempre, o distanciamento.
O mesmo censo junto aos professores indicou que 7,03% dos alunos da rede estão sendo atendidos com material impresso. Conforme explica o superintendente, são eles alunos das escolas rurais, quilombolas e aldeias indígenas que vivem em locais onde o sinal de internet não chega ou sem acesso a celulares e computadores.
Com eles, o sistema é, também, diferenciado. As escolas ficam responsáveis por organizar turnos e o transporte escolar busca e leva os alunos que vão até as escolas, entregam as tarefas e buscam novos materiais e lições com data marcada para entregar. A escola fica responsável para organizar os grupos em cada horário para que não ocorra aglomeração nos ônibus ou escolas.
O levantamento indica que 44,18% dos alunos da rede estadual estão utilizando o ensino a distância pela internet de forma integral e 46,87% se dividem entre material impresso e google class.
Paulo Cezar afirma que os 1,92% que os professores não conseguiram acessar representam o maior desafio. “É a nossa maior dificuldade, muitas vezes nem o aluno procurou, nem o familiar. Já está sendo preparado para o retorno deles um processo de recuperação paralela”, explica.
Diagnóstico de retorno – Ainda assim, com a chegada inesperada da pandemia na rede pública de ensino, o que o superintendente explica é que será necessário “diagnóstico” em toda a rede para saber como foi o período e, muito provavelmente, implantar processos de recuperação para todos os alunos.
Fonte: Campo Grande News