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Após 77 dias, termina greve dos professores de Campo Grande
terça-feira, 25 Agosto, 2015 - 07:30
Após 77 dias, os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande decidiram encerrar a greve da categoria em assembleia no fim da tarde desta segunda-feira (24). A informação é do secretário municipal de Governo e de Relações Institucionais, Paulo Matos.
O Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) informou, por meio da assessoria de imprensa, que o movimento cumpriu seu papel e vai aguardar a decisão da Justiça sobre o cumprimento do piso nacional para a categoria.
O processo deve ser julgado em setembro. Um ato será realizado para marcar o fim da greve. Os professores voltam às salas de aula na quinta-feira (27).
Uma audiência de conciliação foi realizada nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), mas terminou sem acordo. A prefeitura alegava que não tem condições financeiras para conceder o reajuste de 13,01% pedido pela categoria.
O sindicato apresentou um estudo na audiência que aponta a viabilidade de conceder o aumento. O reajuste resultaria em um gasto de R$ 4 milhões a mais na folha de pagamento, conforme o levantamento.
Greve
Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) paralisaram as atividades no último dia 25 de maio. Eles pedem aumento de 13,01%, o que equiparia o salário ao piso nacional da categoria.
Os profissionais fizeram diversas manifestações na frente da prefeitura e na Câmara Municipal. O sindicato e a prefeitura vêm tentando negociar o fim da paralisação, mas os professores não aceitaram nenhuma proposta.
No dia 27 de maio, o TJ-MS determinou que pelo menos 66% dos professores em greve voltassem ao trabalho. Em caso de descumprimento, foi determinada uma multa de R$ 50 mil.
Em 25 de junho, o TJ concedeu liminar à prefeitura para que os professores do município não fazerem protestos em ruas próximas ao Paço Municipal. Na ação, o município pediu à Justiça que determinasse à ACP distância, pelo menos, 200 metros de prédios públicos, sem bloquear vias públicas e promover “apitaço”, “panelaço”, panfletagens e fixação de cartazes.
Durante as férias escolares de julho, a categoria suspendeu a greve, que foi retomada logo após o término. Na última segunda-feira (17), a prefeitura anunciou que estudava contratar professores substitutos caso a greve continuasse.
G1