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Artigo: 'Um País de todos poucos' - Prof. Fabio Barbosa dos Santos
quarta-feira, 9 Março, 2016 - 07:00
A morte de Ayrton Senna comoveu o país em 1 de Maio de 1994, desalento geral era o que se podia ver. Para mídia uma chance de ibope e para a população a sensação de vazio pela perda de um herói nacional. Uma perda tão grande que parecia nunca ser possível a substituição, pois ele representava uma nação.
No dia 20 de Abril de 1997 o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos foi morto queimado em Brasília por jovens de classe média alta que só queriam se divertir enquanto se embriagavam, aquele índio deixou para trás seus filhos e netos, estava em busca de recursos para suas crianças e velhos que pediam socorro.
Como um "vira-lata", disse um jornalista horrorizado com a cena!
De um lado a vida de excelência profissional, sucesso, dinheiro e fama, enfim tudo o que a maioria acha que deu certo e então deveria representar uma Nação, do outro o anonimato e o desprezo de mais uma vida Severina.
O brasileiro quer ser visto como sócio do primeiro clube e não do segundo, aquele índio representava muito mais que sua etnia, representava os pais e mães que diariamente deixam seus filhos em creches mal estruturadas e superlotadas para trabalhar e viver como um “guerreiro Pataxó”; era "o que só se é quando nada mais se pode ser", por isso não fazia falta.
Não! A minha indignação não é por que atualmente dois dos jovens trabalham no Palácio do Planalto, ou por que nunca se quer receberam uma pena digna. A minha indignação é por que o Brasil não se torna um “País de todos” e sim um País de todos poucos!
Prof. Fabio Barbosa dos Santos