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Bancários da capital protestam contra fechamento de agências
sexta-feira, 19 Janeiro, 2018 - 13:30
Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado
Sindicalistas se reuníram em frente a Agência do Banco do Brasil, da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, na manhã desta sexta-feira (19) para participarem do protesto que ocorre a nível nacional, contra o “aparente desmonte das empresas públicas brasileiras”, em especial dos bancos públicos.
De acordo com o secretário jurídico do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região, Orlando de Almeida Filho, 38 anos, o Governo Federal anunciou restruturação nas agências bancárias de todo país e fechamento de 1.200 cargos de caixa. Só na Capital, seis cargos serão extintos.
“Já fecharam três agências em Campo Grande (Rua 13 de Maio, Jardim dos Estados e Chácara Cachoeira, ao lado da Câmara Municipal) e agora querem diminuir os caixas”, disse Almeida.
O sindicalista lembrou também que os clientes das agências da Rua 13 de Maio migraram para a agência da Avenida Afonso Pena e que a restruturação prevê a extinção de um dos seis caixas nesta agência. “Aqui na Afonso Pena já enfrentamos filas enormes e, com a extinção de mais um caixa, os funcionários vão ficar mais sobrecarregados e o cliente continuará sendo penalizado. Os trabalhadores estão estressados e com doenças mentais. Os clientes estão insatisfeitos”, reclamou o secretário.
Ainda de acordo com o secretário do sindicato, só no ano passado, mais de 600 unidades foram fechadas no país. “Governo Federal quer lucrar mais com menos e eles estão preparando a população para um verdadeiro desmonte das empresas públicas”, ratificou.
Índices apresentados pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande apontam que o lucro das agências do Banco do Brasil, a nível nacional, do último semestre de 2017, em relação ao último semestre de 2016, foi de 40%. “Por isso queremos dialogar com a sociedade e mostrar a importância dos bancos públicos para a população”, explicou Almeida.
MOBILIZAÇÃO NACIONAL
Integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) estão conversando com a Federação Nacional dos Bancos (Fenabran) junto ao Ministério do Planejamento e Ministério da Fazenda para que restruturação prevista pelo Governo Federal não ocorra.
Os sindicalistas estão apresentando peças teatrais em frente à agência da Avenida Afonso Pena e artistas estão grafitando palavras de ordem para dialogar com a população e denunciar as intenções do governo. Foi montada uma tela de plástico para que as artes em grafite ocorram.
O movimento contra a privatização dos bancos ocorre em mais de dez mil agências em todo o Brasil.
Fonte: Correio do Estado