Se a estreia do Brasil contra a Croácia mediu o poder de reação da Seleção à ansiedade e à pressão, o desta terça-feira contra o México vai definir ao que viemos e para onde vamos.
É um duelo, este das 16h, no Estádio Castelão, em Fortaleza, com desafios coletivos e individuais: o Brasil tem um retrospecto recente ruim contra o México, de um lado, e a geração de Neymar e cia conheceu, da pior maneira possível, o veneno adversário nas Olimpíadas.
Brasil repensa seu futuro
Quando o Brasil deixou o campo do lendário Wembley derrotado por 2 a 1, na final das Olimpíadas de Londres, para o México, nosso estilo de futebol foi repensado. O fracasso do armador Ronaldinho Gaúcho fez aquele futebol com aposta cadenciada e estilista caísse definitivamente por terra.
Hoje jogamos em velocidade na transição de bola. A base de jogo é consagrada a partir de volantes multidisciplinares, alas verticais e pontas-de-lança rápidos e habilidosos que abastecem atacantes fortes e decisivos.
Cinco remanescentes
Ao contrário do México, a base foi desfeita do time de Mano Menezes. Restaram Neymar, Oscar, Hulk, Marcelo, Tiago Silva. Desde então, esta geração se recuperou parcialmente ao superar os mexicanos na Copa das Confederações. Suas carreiras individuais, contudo, são plenas de sucesso. Todos brilham em seus clubes, apenas Neymar ainda busca espaço definitivo no Barcelona.
Mexicanos mantêm base
Desde as Olimpíadas de Londres, há dois anos, em que o México foi campeão diante do Brasil, que os dois países delimitaram um caminho em suas histórias recentes. Os mexicanos, de uma geração vencedora, tanto que daquele grupo, 10 atletas estão hoje na Copa: o goleiro Jesús Corona (Cruz Azul); os defensores Diego Reyes (Porto-POR), Miguel Ponce (Toluca) e Carlos Salcido (Tigres); os meias Marco Fabián (Cruz Azul), Javier Aquino (Villarreal-ESP) e Héctor Herrera (Porto-POR); e os atacantes Giovani dos Santos (Villarreal-ESP, Raúl Jiménez (América) e Oribe Peralta (Santos). Este último, autor do único gol mexicano na competição, diante de Camarões.
Tabu recente, mas em Copa...
História não entra em campo, se entrasse o Brasil já seria vencedor. São 21 vitórias em 37 jogos, 69 gols marcados e 36 sofridos. Em Copa, detonamos um 4 a 0 na estreia da Copa de 1950. Nos outros dois encontros, vitórias brasileiras.
O problema são os últimos duelos, onde perdemos seis, vencemos três e empatamos um.
Zero Hora