PUBLICIDADE
Camapuã: alegre e adorado por todos, "Mulekinho" perde a luta contra a Covid
quinta-feira, 25 Março, 2021 - 19:45
Faleceu em Campo Grande na manhã desta quinta-feira (25), Valdinar de Oliveira aos 63 anos, vítima de complicações da Covid-19.
"Mulekinho", como era conhecido por todos em Camapuã, ficou 22 dias internado na capital, ele precisou ser intubado após ter contraido o Coronavirus, mas nesta quinta-feira não resistiu e perdeu a luta contra esta terrível doença.
Foto: arquivo pessoal
Nos últimos 10 dias, Mulekinho é o quinto camapuanense a perder a vida por causa da Covid-19, ele deixa esposa e duas filhas, o velório será na pax Montreal na manhã desta sexta-feira (26) das 7 às 9h.
Alegre e adorado por todos, com sua voz serena, roupas estravagantes e uma simpatia gigante, Mulekinho deixou família e amigos muito abalados, foram muitas as homenagens feitas a ele nas redes sociais.
Foto: arquivo pessoal
Amante da pescaria, adorava um tereré no sistema "diferenciado", água e gelo na chaleira de alumínio, ele gostava também assar um belo churrasco, fazia isso como ninguém.
O cantor camapuanense Jorge Carvalho, ex-integrante do grupo Canto da Terra, prestou uma linda homenagem em sua rede social. Confira abaixo na íntegra.
"O adversário invisível, cruel, sorrateiro e mortal...
Levou aquele sorriso que o maior dos poetas jamais conseguiria descrever...
Mulequinho, como era chamado, nunca mais verei um moleque
Com as bolas nos pés sorrir tanto, na hora de chutar para o gol
Os algozes zagueiros ficavam alucinados,
Seus companheiros atordoados, muitos por vezes bravos...
A torcida (eu era um deles), não acreditava, não entendia, mas na hora H,
Pra você era mais importante sorrir do desconcertante drible, do que da emoção do gol.
Gols? Quantos outros fazem..! Mas fazer sorrir...?
Ah, isso é para poucos...
Ah, eu me lembro bem, no campo de futebol, onde hoje é o
Ginásio de Esportes; quantos campeonatos...São Paulinho,
Vasquinho, Diamantino...etc.
Aos entardeceres dos longínquos domingos, de outrora.
Ali era o nosso circo, o palco da vida, da alegria...
Você, era o nosso guri, Mulequinho, que nos brindava
Com seu jeito travesso, moleque peralta...
Seu jeito matreiro e encantador de ser.
Mulequinho, quem o conheceu, não conheceu só o ser humano que foi...
Quem o conheceu, conheceu a alegria na singeleza e na sua mais pura poesia.
Porque pra você, era mais importante sorrir do que fazer gols
(O ápice do futebol).
Pra você era mais emocionante arrancar sorriso do que lágrimas.
Eu sei que você era meu fã no violão, no chamamé, no correntino.
Mas longe disso, eu sempre fui seu admirador e fã.
O Mestre Criador me brindou com muitos dons, é verdade
Mas o que me consola o coração, é que...
Ele nos ensinou a arte de sorrir pelo seu existir em nossas vidas!
Sinto muito Mulequinho, pelas lágrimas...que não seguramos agora.
Descanse em paz meu amigo! Vá sorrir pra Jesus!
Meus sentimentos aos familiares e aos camapuanenses!"
Foto: arquivo pessoal