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Camapuã celebra hoje seu 66º aniversário de emancipação

on ter, 30/09/2014 - 08:46
terça-feira, 30 Setembro, 2014 - 08:30

O município de Camapuã comemora nesta terça-feira (30) 66 anos de emancipação político administrativa, diversas atividades estão sendo realizadas para celebrar esta data, entre elas um dia cheio de eventos esportivos no Parque Pole Esportivo do Estudante.

A cidade que tem o título de ‘Capital do Bezerro de Qualidade’ possui uma história riquíssima, que não se restringe a apenas 66 anos de emancipação, pelo contrário, seus primeiros registros datam do final do século XVI e início do século XVII.

Confira um pouco da história do município.

Em 1593, os jesuítas espanhóis, procedendo da região de Guairá e subindo o rio nilo e depois o rio Pardo, se estabeleceram com uma redução à margem do ribeirão Camapuã, a 18,0;km do Porto de desembarque no Rio Pardo e a 3,0;km abaixo da atual cidade de Camapuã. Essa redução dos jesuítas concentrou, na época, um grande número de índios catequizados, foi construída pelos paulistas, por volta de 1650, e tornou-se pouso das bandeiras que demandavam no rio Coxim, rumo às minas de Cuiabá. A rota das longas viagens, de São Paulo a Cuiabá (obra de 530 léguas por via fluvial desde Araritaguava, salvo no varadouro de Camapuã, que os irmãos Lemes abriram, em 1723, entre o sanguessuga, afluente do rio Pardo e o Coxim, criaram a necessidade de um sítio de abastecimento e proteção aos navegantes). Pela região passou Manoel Dias da Silva que, em 1739, organizou força em Goyaz para enfrentar os castelhanos, que depois marchou para o Sul. Terminada a febre do ouro e as penetrações das bandeiras, o local caiu em completo abandono. Ao longo dos anos muitos aventureiros atraídos pela lenda de tesouros valiosos mas sem êxito. Mais tarde Júlio Baís fincou rancho, instalando-se com a sua comitiva e encontrou apenas ossadas humanas.

O início do seu repovoamento origina-se no início do século XX, quando a região já havia inúmeras e prósperas fazendas de criação de gado e agricultura. Alguns fazendeiros (como Francisco Faustino Alves, Protázio Paulino de Melo, Joaquim Capestana, Benedito Bonfim, Camilo Bonfim e Lázaro Faustino) solicitaram por intermédio da Prefeitura de Coxim a criação do Patrimônio de Camapuã. Essa pretensão se realizou com a Lei nº 845 de 3 de novembro de 1921, em que o governo do estado reservou 3.600 hectares para a povoação de Camapuã, no município de Coxim. Em 1924, João da Mota costruiu no lugar a primeira casa comercial. E logo iniciou a construção de uma igrejinha, mas não foi possível concluir pois o mesmo faleceu. Em 19 de maio de 1933 (pelo Decreto nº. 272) foi criado o Distrito de Paz de Camapuã administrado pela Comarca de Coxim, sendo instalado em 22 de julho de 1933 (teve como primeiro Juiz de Paz Manoel Alves Rodrigues e como primeiro Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil, Lafaiete Djalma Coelho). O Decreto nº. 319, de 30 de outubro de 1933, reserva 500 hectares para o patrimônio da povoação de Camapuã, no Município de Coxim. A Lei nº. 134, de 30 de setembro de 1948 transformou Camapuã em Município.

Em 1977 o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.


Foto: Denilson Rodrigues