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O mercado de propriedades rurais voltadas à bovinocultura vive um momento de forte expansão no país — e entre os destaques está o município de Camapuã (MS), que aparece como o 4º do Brasil com maior número de fazendas à venda. O levantamento, divulgado pelo Portal do Agronegócio, aponta que a cidade sul-mato-grossense se consolida como um dos polos mais procurados por investidores do setor. O mercado como um todo cresce impulsionado pela demanda global por alimentos, pela presença internacional, especialmente da China, e pela busca por sistemas produtivos mais eficientes, sustentáveis e tecnológicos.
Centro-Oeste lidera oferta de terras com aptidão pecuária
Segundo dados do Chãozão, maior plataforma de compra e venda de imóveis rurais do país, atualmente estão disponíveis 3.441 propriedades destinadas à pecuária. O valor das terras varia significativamente, indo de R$ 1.000,00 até R$ 413.223,14 por hectare, conforme o Índice Chãozão.
“As diferenças de preços estão relacionadas a fatores como localização, infraestrutura, características do solo e topografia. A valorização recente, sem dúvidas, está diretamente ligada à procura chinesa no mercado imobiliário rural brasileiro”, explica Geórgia Oliveira, CEO do Chãozão.
Estados com maior número de imóveis para pecuária
O levantamento mostra que os estados com maior oferta de propriedades para pecuária são:
São Paulo (Sudeste) – 1.080 imóveis
Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste) – 622 imóveis
Goiás (Centro-Oeste) – 430 imóveis
Mato Grosso (Centro-Oeste) – 415 imóveis
Minas Gerais (Sudeste) – 303 imóveis
Tocantins (Norte) – 290 imóveis
Municípios com maior concentração de fazendas à venda
Entre os municípios, os que mais concentram propriedades à venda são:
Itapetininga (SP) – 92
São José dos Campos (SP) – 67
Paraibuna (SP) – 50
Camapuã (MS) – 49
Ribas do Rio Pardo (MS) – 43
Angatuba (SP) – 37
Cocalinho (MT) – 34
Paranatinga (MT) – 33
Produção e inovação: Centro-Oeste como protagonista
O Centro-Oeste não se destaca apenas pelo volume de propriedades. Em 2024, Mato Grosso liderou o rebanho bovino nacional com cerca de 32,9 milhões de cabeças, seguido por Goiás (23,2 milhões) e Mato Grosso do Sul (18,5 milhões).
Além da quantidade, a região avança em sustentabilidade e tecnologia, com a adoção de sistemas como o ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), que aumentam a eficiência produtiva, reduzem impactos ambientais e garantem maior conforto térmico aos animais.
Iniciativas recentes, como Guias de Bem-Estar Animal e propostas de rastreabilidade bovina, demonstram que o setor está alinhado a padrões internacionais de produção.
Matopiba e a nova fronteira agrícola
A região do Matopiba, formada por áreas de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, também atrai investidores. Embora ainda em processo inicial de valorização, essas terras oferecem grande potencial de crescimento, despertando interesse de quem busca diversificação de portfólio ou ativos com alto retorno estratégico.
Brasil como protagonista na segurança alimentar global
De acordo com estudo da Cargill, 80% do crescimento do consumo de alimentos nos próximos 20 anos será atendido por produtos brasileiros. A previsão indica que oito em cada dez pratos adicionais consumidos globalmente terão origem no Brasil, com destaque para a carne bovina.
“O cenário reforça o papel do Brasil como ativo estratégico, capaz de alimentar grande parte do mundo e influenciar decisões geopolíticas relacionadas à segurança alimentar”, ressalta Geórgia Oliveira.
