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Camapuanense ex-diretora da Fetems foi morta com crucifixo e choca amigos e familiares

on dom, 02/09/2018 - 21:05
domingo, 2 Setembro, 2018 - 20:30

Foto: homenagem a professora Ildonei no site da Fetems

Segundo o site Campo Grande News, um crucifixo foi usado para matar a professora aposentada e ex-diretora da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) Maria Ildonei de Lima pedra, de 70 anos - encontrada na casa em que morava no Jardim Leblon, em Campo Grande, na noite deste sábado (1).

Como informado pela redação do InfocoMS anteriormente, Ildonei, como era conhecida em Camapuã, morou por muitos anos no município, onde atuava como professora, era irmã da ex-vereadora e saudosa Maria José de Lima, a professora Zezé, que faleceu no dia 8 de julho deste ano. Ildonei morreu no dia em que sua irmã Zezé completaria 73 anos.

Segundo a polícia, ildonei tinha duas perfurações no corpo, uma no pescoço e outra no tórax. Foi justamente a espessura de cada ferimento que supostamente apontou a arma usada no crime. De acordo com o delegado, o crucifixo tem de 20 a 25 centímetros e estava com a ponta quebrada.

Segundo o delegado Danilo Mansur, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, Ildonei foi encontrada pelo seu filho, morta no chão da cozinha, de bruços e com o crucifixo nas costas.

“Depois do crime, o autor trancou a casa e fugiu”, detalhou Mansur.

Conforme a perícia, o assassinato ocorreu de 12 a 24 horas antes do corpo ser encontrado. Ainda segundo o delegado, a casa não estava revirada como divulgado inicialmente, e os únicos objetos fora do lugar eram algumas peças de roupa, encontradas jogada no chão do quarto.

O delegado relatou ainda que nenhuma movimentação foi vista por vizinhos na casa da vítima. “A família também não tinha conhecimento se a vítima tinha qualquer tipo de desavença”. Apesar de não descartar latrocínio - roubo seguido de morte - a polícia constatou que nada de valor foi levado do local.

Nova Perícia

Uma nova perícia foi feita no fim da manhã de domingo na residência da professora, segundo familiares, até então, dois aparelhos celulares da vítima estavam desaparecidos, sendo um de uso pessoal e o outro do serviço.

Perícia voltou na residência de Ildonei na manhã deste domingo (Foto: Marina Pacheco)

A reportagem do Campo Grande News esteve na manhã deste domingo (2), na residência que fica no Jardim Leblon, no momento em que policiais civis e peritos realizavam a nova coleta de dados no local do crime. Eles acabaram encontraram os celulares embaixo do sofá da sala. Ambos quebrados e sem a bateria.

Conforme o delegado Hoffman D’ávila, plantonista na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga o caso ainda está sendo investigado em sigilo. Até então ninguém foi preso.

Repercussão

A forma violenta como foi morta Maria Ildonei, também chocou sindicalistas que atuaram ao lado da aposentada durante seus mais de 30 anos de magistério. Quem acompanhou suas atividades na Federação desde o início, garante que seu trabalho e empenho por causas sociais sempre foram de grande importância.

"Ela era do município de Camapuã e eu de Coronel Sapucaia, mas sempre viemos participar de passeatas e, por isso, eu conhecia ela antes mesmo dela entrar na Fetems. Era uma educadora exemplar, uma pessoa que lutou com dignidade pelas justas causas", revelou Fátima Silva, que atou como presidente da Fetems por sete anos, quatro ao lado de Ildonei.

Foto: Facebook

Há 13 anos, a aposentada - que atualmente ajudava na administração do hotel da Fetems - serviu de companhia para Jaime Teixeira, que até o ano passado esteve à frente da presidência da Federação. Para ele, Ildonei não media esforços para lutar pelas causas sociais, principalmente pelos direitos das mulheres.

"Era uma militante muito forte em defesa dos direitos das mulheres, defendia com muita garra, fazia combate diário em relação a violência que as mulheres sofrem", destaca Jaime. "Uma grande guerreira que possui uma história conhecida não só nível de estado, como nacionalmente", complementou.

Dentro da Fetems, a sindicalista desempenhou diversas funções. Além de diretora, chegou a ocupar a secretaria-geral, assim como atuou como responsável de diversos projetos. "Sempre participou de todas as lutas da educação, como por exemplo do atraso salarial que tivemos em governos anteriores", revelou Fátima Silva.

Quem tinha o prazer de dividir atividades com a sindicalista, atualmente, também não economiza nos elogios. "Ela sempre chegava antes do horário para trabalhar, era brincalhona, altruísta, positiva, vibrante e gostava de conversar", relata a presidente em exercício da Fetems, Sueli Veiga.

Desdobramentos - Assim como familiares e amigos, os sindicalistas também esperam que a polícia consiga desvendar o crime, rapidamente. "A gente espera que as autoridades façam uma investigação para descobrir o monstro que fez isso com uma pessoa exemplar assim", completa Jaime.

Velório - O corpo da professora aposentada será velado a partir das 15h de domingo, no Cemitério Jardim das Palmeiras. O sepultamento está marcado para segunda-feira (3), às 9h, no Cemitério do Cruzeiro.


Fonte: Campo Grande News com InfocoMS

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