Com aumento de 66% preço da vacina contra aftosa preocupa produtores

A vacina contra a febre aftosa ficou mais cara em Mato Grosso do Sul com o aumento de 66% nesta segunda fase da campanha iniciada no dia 1º de novembro deste ano, se comparado ao valor pago na primeira etapa, realizada em maio. A variação de R$ 0,90 para R$ 1,50, em apenas seis meses, preocupa produtores rurais, segundo pesquisa realizada pela equipe técnica da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Sistema Famasul).

Segundo o diretor secretário do Sistema Famasul, Ruy Fachini, a elevação do valor da vacina é um movimento natural do mercado, mas a porcentagem é considerada exorbitante. “Vamos pedir esclarecimentos ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan)", informou Fachini.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é responsável por alinhar com as indústrias o volume de produção para que não falte vacina no mercado neste período, entretanto, não existe controle de preços. "Apesar da alta, o produtor não vai deixar de vacinar o rebanho. Não vamos correr o risco de perdermos o status de livre de aftosa com vacinação", afirmou Fachini.

Segundo as informações da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Mato Grosso do Sul deverá imunizar 10,8 milhões de bovinos nesta segunda fase da campanha. De acordo com a Iagro, na região do planalto o produtor deve vacinar os animais entre zero e 24 meses, já na região da fronteira todo o rebanho deve ser vacinado até o dia 30 de novembro. No pantanal, a vacinação deve abranger todo o rebanho dos produtores optantes pela etapa novembro, cujo prazo final na região é dia 15 de dezembro.

Capital News