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Dos mais de 1,8 mil políticos citados pelos empresários do grupo JBS em delação à PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo menos 31 deles se elegeram ou tentaram eleição por Mato Grosso do Sul utilizando recursos do gigante do setor frigorífico nas campanhas eleitorais. Os documentos anexados na denúncia encaminhada ao (STJ) Superior Tribunal de Justiça revelam os nomes dos políticos e valores repassados para cada um.
O Jornal Midiamax apurou que todas as doações feitas pela JBS aos políticos do Estado foram declaradas por eles em prestação de contas ao (TSE) Tribunal Superior Eleitoral.
A lista foi entregue pelos delatores, mais precisamente pelo executivo Ricardo Saud, da J&F, aos procuradores em março e veio à tona nesta terça-feira (23) depois de publicação do jornal O Estado de S. Paulo.
Entre os nomes de Mato Grosso do Sul, que podem ser conferidos na íntegra ao final da matéria, estão o do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), da senadora Simone Tebet (PMDB) e do deputado federal Carlos Marun (PMDB).
Vale ressaltar que até o ano passado, a doação de empresas privadas para campanhas eleitorais era legal no Brasil, contanto que tudo fosse documentado e declarado ao TSE. Em setembro de 2015, no entanto, a então presidente Dilma Rousseff (PT) seguiu orientação do STF (Supremo Tribunal Federal) e vetou trecho de projeto do Congresso sobre financiamento privado. Dessa forma, a partir das próximas eleições de 2018 os custos das campanhas serão exclusivamente públicos.
A reportagem consultou todos as declarações de doações de campanha feitas pelos políticos citados em delação no ano de 2014. Todos os valores citados pelos delatores constam na prestação de contas dos candidatos. Dessa forma, as doações foram legais.
Fonte: MidiaMax