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Decisão sobre uso de eucalipto transgênico fica para abril
sexta-feira, 13 Março, 2015 - 13:15
Ação violenta de mulheres ligadas ao MST impediu votação na CTNBio e laboratório da FuturaGene é destruído no interior de São Paulo.
A decisão sobre o uso do eucalipto transgênico, que estava marcada para quinta-feira, 5, foi adiada para abril.
Em duas ações organizadas, grupos de mulheres ligados ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) impediram a votação na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em Brasília.
A outra ação do MST se deu em um laboratório da FuturaGene, empresa de pesquisa da Suzano Papel e Celulose, que fica localizada em Itapetininga, no interior de São Paulo.
A FuturaGene do Brasil Ltda vem desenvolvendo testes com o eucalipto transgênico e o pedido para utilização comercial foi apresentado em reunião da CTNBio em novembro do ano passado.
Apesar do MST considerar o assunto polêmico e devastador ao meio ambiente, a FuturaGene vem demonstrando transparência nos estudos e pesquisas, tornando público os resultados obtidos até agora.
As pesquisas com o H421, no caso, o eucalipto geneticamente modificado, vêm sendo feitas com o propósito de diminuir o tempo de corte da madeira, que é utilizada nas indústrias de celulose e papel. Hoje, o Brasil já detém o menor tempo de cultivo do mundo, que é de sete anos.
O Brasil também é detentor da maior produtividade do mundo, ou seja, superando os 40 metros cúbicos por hectare ao ano. A tendência é o tempo de plantio e colheita diminuir de sete para cinco anos e meio.
A alegação do MST é que este período seja ainda menor – de apenas quatro anos e que a quantidade de água aumente de 25 a 30 litros por dia e por cada planta.
A próxima reunião da CTNBio para votar sobre o uso comercial ou não do eucalipto transgênico será no dia 9 de abril, em Brasília.
Quanto à destruição das mudas de eucalipto transgênico no viveiro, a FuturaGene ainda não se pronunciou sobre o que fará contra o MST.
Em uma teleconferência com analistas, o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, disse que vai mostrar não só para o mercado florestal, mas para todo o setor produtivo os ganhos do eucalipto transgênico, com destaque para a redução na emissão de gás carbônico, no transporte de madeira e liberação das terras para outros usos, no caso, para a produção de mais alimentos.
Painel Florestal