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Em meio a Covid-19, China elevou compra de soja em 20% de MS neste ano
segunda-feira, 18 Maio, 2020 - 22:30
As exportações de soja de Mato Grosso do Sul para a China aumentaram 20% neste ano diante do mesmo período do ano passado. O país, principal economia do mundo e onde se originou a Covid-19, é o destino de 79% da soja produzida e exportada por Mato Grosso do Sul. Apenas no primeiro quadrimestre de 2020 foram enviadas 1,212 milhão de toneladas ao país asiático.
Soja respondeu por 79% das exportações da China neste ano (Arquivo)
Os números foram divulgados pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
A fome chinesa pela soja sul-mato-grossense é tão grande, que o segundo principal destino das exportações estaduais da oleaginosa de MS, que é a Argentina detém 8,7% das compras nos primeiros quatro meses de 2020 com 142,8 mil toneladas. O Paquistão aparece em terceiro com participação de apenas 4,1%.
Ranking - No Brasil, o Mato Grosso do Sul é o 6º no ranking dos maiores exportadores de soja entre os estados, com 1,544 milhões de toneladas comercializadas entre janeiro e abril de 2020. Com estes número, o Estado representa4,56% do total de soja comercializada ao exterior pelo Brasil. O vizinho Mato Grosso ocupa a primeira posição, com exportação de 10 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre e participação de 30%.
Nos últimos cinco anos, a produção de soja em Mato Grosso do Sul aumentou 42,9%, e alcançou a marca recorde de 10 milhões de toneladas em 2020. Porém com o aumento da industrialização o percentual da produção exportado caiu de 48,3% em 2015 para 38,8% em 2019.
O secretário de Produção, Jaime Verruck, enfatiza que apesar da diversificação da matriz econômica estadual, a soja continua como um dos principais produtos da economia sul-mato-grossense. “A agricultura tem papel fundamental na nossa matriz econômica, mas com avanço do processo de industrialização conseguimos agregar valor ao nosso produto e exportar menos soja in natura e mais derivados”.
Fonte: Campo Grande News