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'Era para assustar', diz menino de 14 anos suspeito de matar irmão
sexta-feira, 20 Setembro, 2013 - 09:45
Aos prantos, o menino de 14 anos, suspeito de matar o irmão dois anos mais velho no fim da tarde de quinta-feira (19), no Jardim Noroeste, em Campo Grande, justifica-se. “Não era para matar, era para assustar”. De acordo com a Polícia Militar (PM), a morte ocorreu após discussão entre a vítima e a mãe, no comércio da família. Para a mulher, de 36 anos, os filhos “são duas crianças”.
Conforme a PM, após a discussão, o adolescente saiu do local, o mais novo conversou com a mãe e então foi atrás do irmão. Os dois se encontraram na rua Átomo. Na versão do suspeito, a vítima quis agredi-lo e ele se defendeu. “Na hora que ele partiu para cima de mim eu atirei. Só por isso eu atirei”.
Ainda segundo os militares, o tiro atingiu as costas do rapaz de 16 anos, que morreu no local, uma rua sem pavimentação, sem iluminação e com vários terrenos baldios. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou o óbito.
Os policiais encontraram o suspeito próximo ao local do crime. Ele estava andando na rua e abalado, disseram os militares. A arma utilizada foi um revólver calibre 32, que o garoto declarou aos militares ter jogado em meio ao matagal.
Segundo o menino ele comprou o revólver para “se defender”. A mãe afirma que não sabia que o filho tinha arma e indigna-se com quem vendeu o objeto para o adolescente. “Isso é uma porcaria. É um idiota o homem que fica vendendo arma para uma criança”. Para a mulher, o homicídio “foi uma discussão de irmão”. “Eles são duas crianças”, diz.
O suspeito afirma que a intenção dele “era assustar” o irmão. “Era para ele parar de brigar com a mãe”, alega. Segundo o garoto, as discussões entre a vítima e a mulher eram constantes. “Ele queria as coisas e ela não tinha dinheiro para dar, essas coisas assim”.
O adolescente fala também que a relação dele com a vítima era amigável e que a discussão foi pontual. Ele declarou que é usuário de maconha e que no início de 2013 foi apreendido por furto, sendo esta a única passagem policial.
G1