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Fábrica deve R$ 11 milhões para mais de 2,5 mil funcionários

on ter, 09/12/2014 - 07:12
terça-feira, 9 Dezembro, 2014 - 08:15

A  Unidade Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), responsável pela construção da  Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Petrobras, em Três Lagoas, deve mais de R$ 11 milhões para funcionários já demitidos e para aqueles que ainda trabalham no canteiro de obras, localizado na BR-158, saída do município para Brasilândia. Os números foram apresentados durante reunião realizada na última sexta-feira (5) entre representantes da UFN3, Petrobras, comissão de trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil Pesada (Sintiespav).

De acordo com Nivaldo da Silva, presidente do Sindicato, apesar da dívida que ultrapassa os R$ 11 milhões, a UFN3 apresentou o caixa do consórcio com apenas R$ 4 milhões, que seriam utilizados para pagar parcialmente os seus colaboradores. Ainda na sexta-feira, 212 deles que foram demitidos há mais de 30 dias receberam uma parte do pagamento, porém, sem a multa do FGTS e a do atraso. Os outros 2,5 mil trabalhadores, entre os que foram demitidos e os que ainda trabalham, receberam uma parte dos pagamentos atrasados. “A maioria recebeu mil reais e pelo que pude sentir na reunião a UFN3 não tem previsão de quando poderá quitar essa dívida”, destacou.

A conclusão da reunião motivou os trabalhadores a ingressarem com ações na Justiça, na intenção de receber mais rápido. “Protocolamos um pedido de liminar e encaminharemos a Justiça. Agora, o juiz vai decidir se acata ou não. Se ele se mostrar favorável aos funcionários a UFN3 terão 24 horas para cumprir com as pendências trabalhistas”, disse o presidente do sindicato.

Protestos
Na última sexta-feira, trabalhadores do Consócio UFN3 protestaram pela falta de pagamento na BR-158, próximo ao canteiro de obras, na saída para Brasilândia. Eles bloquearam o acesso da rodovia, que causou congestionamento. A BR-262, que dá acesso ao estado de São Paulo, também foi bloqueada e a cidade ficou “fechada” por mais de quatro horas.

Além da dívida com os funcionários, a UFN3 tem uma pendência de mais de R$ 9 milhões de fornecedores de Três Lagoas. Nos últimos dois meses a informação é que a obra está parada pela falta de materiais para dar sequência. Especula-se ainda que o consórcio pode abandonar o projeto pela falta de dinheiro.


Correio do Estado