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Família corre contra o tempo para trazer corpo de sul-mato-grossense morto em SC
terça-feira, 16 Março, 2021 - 22:45
Após assassinato cheio de mistério, 15 horas após a chegada de José Antônio Rabelo de Moura Brasil, de 39 anos, a Florianópolis (SC), a saga da família agora é para trazer o corpo para o sepultamento em Campo Grande. A mãe, Marlene Rabelo, está na cidade catarinense, mas quatro dias após a morte do filho, tenta arrecadar R$ 20 mil para fazer o translado.
Selfie tirada em praia horas antes do assassinato (Foto: Reprodução das redes sociais)
Marlene ainda não teve tempo para viver o luto, a dor de receber a notícia de que o filho foi vítima de atentado a tiros. Segundo ela, o prazo para retirar o corpo de lá é até esta quarta-feira (17). Por isso, a corrida contra o tempo.
José Antônio é de Camapuã, mas foi criado em Campo Grande. Filho do radialista Moura Brasil, conhecido na Capital, ele morava há 4 anos em Olímpia, no interior de São Paulo, quando decidiu mudar de vida e tentar um novo começo em Santa Catarina.
O sul-mato-grossense teria pedido ajuda a dois amigos para recomeçar a vida em Florianópolis. O casal então reservou uma kitnet para o amigo. Ele chegou a Florianópolis às 10h de quinta-feira (11). "Sempre me falou que era o sonho dele morar aqui e queria me trazer pra morar com ele perto da praia", contou a mãe, emocionada.
Logo que chegou à cidade, José Antônio foi à praia com o casal que o acolheu e tirou fotos. "Ele estava realizado", continua Marlene.
A mãe completa o relato lembrando que conversou com o filho horas antes do assassinato, na madrugada de sexta-feira (12). "Todos os dias eu conversava com ele. No dia, eu falei com ele às 22h e disse pra ir descansar, mas ele disse que estava muito feliz por estar realizando o sonho de morar aqui e que ia assar uma carne para comemorar", relatou Marlene.
O crime - Conforme o boletim de ocorrência registrado por amiga da vítima, durante a noite, José saiu para pegar um colchão na casa da filha dela. Momentos depois, ela ouviu os moradores comentarem que um homem havia sido baleado. Foi ver o que havia acontecido e era José Antônio. A mulher conta que o amigo não falou nada, apenas gemia de dor. À polícia, ela ainda disse não saber o que teria motivado o crime.
Sem respostas, Marlene diz que depois da morte do filho, foi informada de que o bairro onde ele moraria é perigoso. "A polícia disse que é bairro de facção. Ele tinha um colchão dentro do carro. Como saiu para ir a algum lugar sozinho se ele não conhecia a cidade?" questiona.
Ela ainda relatou que não quis conversar com os amigos do filho e que pediu para que todos os pertences dele fossem entregues na delegacia. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina.
O sul-mato-grossense deixa um filho de 5 anos. Para ajudar no translado do corpo, a família divulgou uma vakinha virtual.
Fonte: Campo Grande News