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Fazenda de Camapuã é capa da Revista DBO de julho

on qui, 18/07/2024 - 00:51
quinta-feira, 18 Julho, 2024 - 00:45

Em Camapuã-MS, cidade a 140km de Campo Grande, a Fazenda Saltinho (que ilustra a reportagem de capa da Revista DBO, edição de julho/2024), com 1.000 ha de área total, resolveu cobrir todos os seus quase 10 km de corredores de tráfego (estradas internas que dão acesso aos pastos) com Tifton 85, capim de semeadura manual, por estolões.

O objetivo, segundo o pecuarista Elinaldo Paniago, é conter a disseminação de plantas invasoras na propriedade e oferecer uma opção de consumo para sua tropa de equinos (26 cavalos quarto de milha) e para os bovinos durante os deslocamentos dos lotes.

“Aqui na Saltinho temos uma área de quase 10 ha de corredores. Tradicionalmente são terras que ficam muito tempo ociosas e acabam se tornando espaço para multiplicação de ervas daninhas. O que fizemos foi utilizar o tifton no controle natural de ervas daninhas. Escolhi esta forrageira em função de sua cobertura de solo, capacidade de proteção aos pastos e pastejo”, conta.

Vários estudos científicos apontam o teor médio de proteína bruta desta gramínea variando entre 17% e 18%.

Até início de julho deste ano, Paniago já havia coberto 70% da área e da extensão dos corredores a um custo médio de implantação em torno de R$ 1.000/km. Nestes espaços ficam expostos somente os trieiros abertos pela passagem dos veículos.

“Até o risco de fogo diminui, pois o Tifton é uma forrageira baixa. Dessa forma aproveitamos um pedaço considerável de terra, geralmente sem utilização produtiva nas fazendas”, observa.

Foto: Ariosto Mesquita

Prêmio para o carbono

Nos últimos 10 anos, a Fazenda Saltinho saiu da condição de propriedade degradada para se transformar numa espécie de vitrine da moderna pecuária brasileira, com foco em produção intensiva sustentável.

As práticas de conservação e os resultados obtidos sob o comando de Elinaldo, ecoaram até fora do País, pavimentando um caminho aparentemente sem volta. Em março deste ano, ele assinou contrato com a Agoro Carbon Alliance (braço da Yara Internacional, criado em 2021) e entrou para o seleto grupo de pioneiros da pecuária brasileira habilitados a receber remuneração por crédito de carbono. Saiba mais na reportagem de capa da Revista DBO de julho/24.


Fonte: Portal DBO