Forte chuva causa estragos em Camapuã

A forte chuva que caiu em Camapuã, na madrugada desta segunda-feira (10) causou diversos estragos, pela manhã moradores dos quatro cantos da cidade levantaram para contabilizar os prejuízos causados pelo grande volume de água.

A cidade que todo ano registra ao menos uma ocorrência desta natureza, possuí um ponto que em toda grande chuva provoca alagamentos, o Córrego Garimpinho, responsável por ‘cortar’ quase toda á área urbana de Camapuã.

Novamente as regiões as margens do córrego foram as que mais sofreram com a tempestade, porém outros pontos distantes do garimpinho também registraram alagamentos, é o caso do Bairro Coophavalle, onde algumas casas das ruas 8 e 9 foram invadidas pela enxurrada.

Os moradores desta localidade que residem em um conjunto habitacional entregue a aproximadamente três anos, relatam que as ruas ainda não asfaltadas, foram construídas em um nível superior as casas e que em todas as chuvas uma casa ou outra acaba sofrendo com as enxurradas.

Em uma das residências mais afetadas, a moradora informou ao InfocoMS, que apesar de construir uma valeta entre seu terreno e a rua, assim como as proteções na parte inferior das portas, não foram suficiente para impedir que a água invadisse todos os cômodos de sua casa, causando além de muito transtorno, prejuízo a moradora que já é idosa.

Nesta mesma região a tempestade derrubou um poste da rede elétrica, na rua Lucas Alves do Valle, deixando toda região sem o fornecimento de energia por várias horas. Nessa mesma rua outro problema afeta os moradores, as valetas abertas pela enxurrada, a rua que é a última da vila, fica em um nível abaixo das demais e quando chove quase toda enxurrada  acaba passando por ela, abrindo assim valas que deixam a rua intransitável em alguns pontos.

Próximo a região central o problema como dissemos no início é o Córrego Garimpinho, um dos pontos que sempre causa transtorno é a ponte do Corredor Pedro Marculino, apesar da nova ponte que foi construída e entregue no segundo semestre de 2013, a nova estrutura de concreto, erguida aproximadamente dois metros acima da velha ponte de madeira, não ficou alta o suficiente para impedir que a água do Garimpinho passasse por cima da ponte, obrigando os motoristas e pedestres aguardar o volume de água abaixar, para terem acesso as demais regiões da cidade. Próximo a ponte do Corredor Pedro Marculino, o nível do córrego estava tão alto que invadiu parte da Academia ao Ar Livre, construída as margens da Rua Bonfim.

A Vila Diamantina, uma das vilas mais antigas da cidade e que há muitas décadas sofre com as cheias do Garimpinho, talvez seja a que mais tenha registrado ocorrências de alagamentos. Na Rua Brasil até a Polícia Militar foi acionada para auxiliar a Moradora Maria Vilela, também idosa, que ficou ilhada após a água do córrego invadir seu quintal, ela relatou a reportagem do InfocoMS que o problema se agravou devido a uma tubulação da rede de esgoto se abrir e jorrar dentro do seu terreno, criando assim uma grande lagoa na porta de sua casa.

Na Rua João da Motta um córrego afluente do Garimpinho transbordou, levando para cima do asfalto além da água, muita sujeira. Próximo dali, a água também deixou a Rua Cuiabá imersa no trecho próximo a Concha Acústica.

Com o grande volume de água, o Ribeirão Camapuã também ficou muito acima do seu nível normal, o que apesar de até o momento não registrar nem uma ocorrência, despertou a atenção de que passava pela BR 060.

Em contato com o Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Luiz Moreira, ele relatou que alguns serviços emergências já estão sendo realizados desde a madrugada e que a secretaria esta realizando um levantamento dos danos causados pela chuva. Em contato telefônico o Prefeito Marcelo Duailibi disse que irá encaminhar a Defesa Civil um relatório com os danos causados pelas chuvas no município.