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"Gigante" do etanol com 3 usinas em MS entra com pedido de recuperação judicial
quinta-feira, 30 Maio, 2019 - 01:45
A empresa Atvos, "gigante" da produção de álcool que tem três unidades em Mato Grosso do Sul, entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (29). A sucroalcooleira pertence ao grupo Odebrecht e ingressou com a medida após a gestora de fundos norte-americana Lone Star ter conseguido na justiça uma ordem de bloqueio do caixa da Atvos no início desta semana.
Unidade Santa Luzia da Atvos em Nova Alvorada do Sul. (Foto: Alvorada Informa)
Após a justiça aceitar o pedido de recuperação judicial, a empresa terá 60 dias para apresentar um plano. Ainda conforme a agência de notícias Reuters em janeiro, a Odebrecht propôs aos credores no Brasil a entrega do controle da Atvos em troca por uma redução na dívida de 12 bilhões de reais da companhia.
A Atvos é a segunda maior produtora de etanol do país, tem 11 anos de atuação e mais de 11 mil funcionários, gerando mais de 40 mil empregos diretos e indiretos, conforme levantamento do portal G1. Em Mato Grosso do Sul ela é dona de usinas em Costa Rica, da Eldorado em Rio Brilhante e Santa Luzia em Nova Alvorada do Sul, onde emprega cerca de 1.702 funcionários diretos e 4 mil indiretos.
A unidade de Nova Alvorada, inclusive, é alvo de denuncia do Ministério Públio por dano ambiental devido ao emprego de fertirrigação da vinhaça. O resíduo é decorrente da destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado para produção do etanol e contribui para proliferação da mosca do estábulo. O processo chegou em agosto do ano passado na Vara Única Justiça da cidade e estava suspenso desde outubro à espera de acordo entre a empresa e o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
A empresa também tem outras unidades em São Paulo, Mato Grosso e Goiás e 9 unidades agroindustriais. Além de etanol, a Atvos produz açúcar e energia gerada a partir de biomassa. A Atvos Tem capacidade para moer 36 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e para produzir 3 bilhões de litros do combustível, e 700 mil toneladas do adoçante.
Fonte: Campo Grande News