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Homem é preso em flagrante após estuprar as duas filhas de 11 e 13 anos em Costa Rica

on sex, 12/02/2016 - 08:23
sexta-feira, 12 Fevereiro, 2016 - 09:00

Homem de 39 anos, com as iniciais D.R.S., foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Costa Rica, na tarde desta quarta-feira (10), acusado de estuprar as duas filhas de 11 e 13 anos, no Bairro Nova Alvorada. Além de usuário de droga, ele cumpre pena no regime semiaberto por tentativa de homicídio. O caso chocou a população de Costa Rica devido à gravidade do crime, fazendo com que a Polícia Civil agisse rapidamente.

Em entrevista ao MS Todo Dia, o delegado titular de Polícia Civil de Costa Rica, Alexandro Mendes de Araújo, disse como ocorreu a denúncia. Ele comentou também sobre o abalo psicológico com que se encontram as crianças. A irmã mais velha afirmou que vinha sofrendo abusos desde os seus 10 anos, mas recebia ameaças do pai para não contar.

O delegado conta que ficou sabendo nesta quarta-feira do fato por meio das denúncias das meninas. “Ontem (10) as filhas do autor vieram até essa delegacia e noticiaram o fato para nós, segundo consta uma de 11 anos e a outra de 13 anos”,destacou. “As meninas temiam muito a reação do autor”, complementou.

“Na terça-feira (09), o pai delas, no período da noite, começar a cariciar a filha de 11 anos e aí a filha nos mencionou que ficou com medo, correu e se trancou no quarto até que o pai fosse dormir, pois ele estava embriagado e sob o efeito de entorpecentes. Ele é usuário contumaz de entorpecente de droga do tipo Crack”.

Com a situação a menina ficou apavorada. “A filha não conseguiu dormir com muito medo do comportamento do pai. Ele causou um temor violento e muito grande nas filhas e na família porque ele está, inclusive, no regime semiaberto por uma tentativa de homicídio, então é uma pessoa violenta”, detalhou.

De acordo com o delegado, o estuprador é mais violento, agressivo e ríspido quando ele está sóbrio e quando está embriagado e com efeito de entorpecente ele também é violento, mas fica mais agressivo quando está sem o uso das drogas. ”Possivelmente pela crise de abstinência”, justificou Alexandro Mendes de Araújo.

O autor segue preso e responde por estupro de vulnerável, com possibilidade de continuar aprisionado por meio de prisão preventiva em virtude da gravidade do caso. Ainda conforme o delegado, amanhã (12) ele será apresentando à Justiça em audiência de custódia, podendo ser condenado à pena de 8 a 15 anos. 
 
Além do delegado, estiveram na operação os policiais civis Braga e Nilso.
 
O caso

O delegado descreveu que o abuso na filha mais nova começou na terça-feira. “Ele começou a alisar as nádegas, as coxas e seios da filha de 11 anos, que correu com medo do pai”, disse.

“Ao tomar o conhecimento dos fatos a irmã dela, que tem 13 anos, se revoltou, porque desde os 10 anos que o pai dela também a molesta. Ele passava a mão na sua região pubiana, e outros abusos sexuais, como beijos e insistindo em abraça-la”.

“Segundo a filha de 13 anos, a conjunção carnal somente não ocorreu porque todas às vezes alguma coisa impedia ou ela conseguia fugir. E ela nunca comentou nada porque o pai a ameaçava” comentou o delegado.

O delegado Alexandro Mendes de Araújo explicou que mesmo não ocorrendo conjunção carnal com as filhas o abuso é considerado estupro. “Então pela lei, apesar de não ter havido a conjunção carnal o fato continua sendo criminoso porque é estupro qualquer ato libidinoso, mesmo sem conjunção carnal”.

Alexandro Mendes demonstrou preocupação em virtude do trauma causado nas meninas. “Pela idade, o que é muito preocupante é a violência e o temor que o pai representa para as filhas, porque ele é usuário de entorpecente e responde por tentativa de homicídio, então fizemos a prisão em flagrante, vamos pedir a preventiva dele e agora estamos aguardando o posicionamento da Justiça”.

Questionado sobre a mãe das meninas, o delegado disse que “ela trabalha e normalmente os atos de abuso sexual ocorrem longe de terceiras pessoas. Então a mãe ou estava dormindo ou estava no trabalho. Como o autor é uma pessoa totalmente dependente química, que não trabalha, que vive ociosa, então, a mulher precisa trabalhar pra sustentar a família”.

“As meninas relataram a desestrutura da família, em que o pai já vendeu fogão, televisão, geladeira, tudo para sustentar o vício, até mesmo a roupa do corpo ele já vendeu, ele é uma pessoa totalmente desequilibrada”.

“Então é impressionante, apesar de não ter havido a conjunção carnal, o trauma que essas crianças elas aparentam ter. O dano psicológico por causa do abuso do pai. Sem contar que as crianças não têm sossego porque o uso entorpecente desse homem pode esperar de tudo”, pontuou o delegado.


MS Todo dia