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IBGE: mais pobres vivem com R$ 468 e 1% ganha mais de R$ 26 mil em MS

on ter, 14/06/2022 - 14:09
terça-feira, 14 Junho, 2022 - 13:45

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a desigualdade social em Mato Grosso do Sul é gritante. Em 2021, o rendimento médio mensal dos mais ricos, 1% da população no Estado, foi de R$ 26.995,00, o que corresponde a 57,6 vezes o rendimento dos 10% mais pobres, com rendimentos de R$ 468,20.

Foto: Marcos Erminio

Outro fator é que Mato Grosso do sul tem o menor rendimento médio de todas as fontes desde 2011, ou seja, não houve ganho real nos salários dos trabalhadores. 

Conforme o IBGE, 50% da população do Estado com valor médio de rendimentos ganha entorno de R$ 1.502,20. Em comparação com os maiores, o valor de rendimentos é 17,9 vezes superior.

Em âmbito nacional, de 2020 para 2021, apesar do aumento da população ocupada, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos caiu 3,1%, indo de R$ 223,6 bilhões para R$ 216,7 bi, no período.

MS reduziu rendimento médio

Em 2016, o valor  de rendimento médio (soma de salários, aposentadorias e rendas extras) era de R$ 2.464,00, porém, em 2021, o ganho foi de R$ 2.398,00. Isso significa que o rendimento médio real de todas as fontes teve redução de 2,7% em Mato Grosso do Sul. Se compararmos ao rendimento médio registrado em 2019, que era de R$ 2.663,00, a redução é ainda maior com queda de 9,9%.

O percentual de pessoas com algum rendimento, de qualquer tipo, dos brasileiros em geral também caiu: de 61% para 59,8%, retornando ao percentual de 2012, o menor da série.

Houve redução em todas as regiões, principalmente no Norte. O Sul (64,8%) continua com a maior estimativa, como aconteceu em todos os anos da série histórica. As menores são nas regiões Norte (53,0%) e Nordeste (56,3%).

No Brasil, o rendimento médio mensal real de todas as fontes, em 2021, foi de R$ 2.265,00. Em 2021, o rendimento médio mensal real de todas as fontes se apresentou de maneira bastante distinta entre as Grandes Regiões do Brasil: a Região Sudeste registrou o maior valor (R$ 2 667), seguida pelas Regiões Centro-Oeste (R$ 2 565) e Sul (R$ 2 556), enquanto o menor foi verificado na Região Nordeste (R$ 1 497).

De 2020 para 2021, a queda desse rendimento ocorreu principalmente nas Regiões Nordeste (10,9%) e Norte (7,0%).

A pesquisa em MS

Conforme o Instituto, a PNAD - Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) investiga, regularmente, informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes das pessoas residentes no Brasil.

Para efeito da presente análise, utilizam-se as informações dos rendimentos habitualmente recebidos de todos os trabalhos e dos recebidos de outras fontes no mês de referência, deflacionados a preços médios de 2021.

Para ver o texto completo sobre a pesquisa divulgada na última sexta-feira (10), clique aqui. 

Abaixo, tem-se a evolução do rendimento entre os anos de 2015 e 2021:


Fonte: Top Midia News