Jornalista faz cadastro em loja de decoração e recebe sms com foto erótica de funcionário

Após comprar em uma das maiores lojas de decorações de Campo Grande, uma jornalista foi surpreendida com uma mensagem no celular que tinha a foto do pênis do funcionário que a atendeu na compra. A filha dela, menor de idade, foi quem abriu o recado no telefone. O caso já foi comunicado à polícia.

Segundo a cliente, o jovem enviou uma foto da própria genitália e outra dele sem camisa, com a qual pode ser identificado. Ela acha que o rapaz teve acesso ao número telefônico dela através do cadastro que foi realizado na loja, pois o mesmo havia dito que ela seria informada pelo celular sobre a confirmação da entrega de um produto comprado.

“Minha filha foi a primeira ver e perguntou pra mim o que era. Fiquei mais revoltada porque ele pegou o meu telefone da base de cadastros. Eu não passei o telefone pra ele, e a loja não pode deixar alguém assim ter acesso aos contatos dos clientes. Estou revoltada”, reclama a jornalista.

Segundo a consumidora, ela comprou objetos de decoração e móveis que seriam entregues posteriormente. Na loja, ela foi atendida por um funcionário da franquia que se identificou como Thiago e que, conforme ela mesma (em relato ao advogado), não tinha esboçado nenhuma insinuação sexual.

Enquanto esperava a confirmação para a entrega dos produtos, ela foi surpreendida no celular com as duas mensagens do número indicado como referência pelo empregado diretamente no WhatsApp, programa de troca de mensagens gratuitas pelo telefone.

Revoltada com o constrangimento, ela procurou um advogado para entrar com ação de danos morais, e registrou um boletim de ocorrência. O incidente ainda representou outro transtorno para a jornalista, que precisou explicar a situação para a filhinha.

“A empresa tem responsabilidade objetiva no ocorrido, pois envolve um funcionário de atendimento da franquia que teve o acesso aos cadastros de consumidores e fez uso indevido. O que a minha cliente passou é uma situação muito constrangedora e surpreendente já que se ela soubesse dessa possibilidade não deixaria o seu contato. É preciso mudar essa política de cadastro nas lojas”, revela o advogado, João Henrique Miranda Soares Catan.

A gerência da loja foi procurada pela reportagem e, quando foi informada sobre o fato, afirmou desconhecer a situação. Segundo o gerente do estabelecimento, a empresa só se manifestará após comunicar o ocorrido ao Departamento Jurídico e ao Departamento de Marketing.

Para o endereço errado...

Depois de trabalhar normalmente o dia todo na loja, Thiago conversou com a reportagem e garantiu que as fotos foram enviadas por engano para a cliente, que havia pegado o seu número pessoal para acompanhar sobre a chegada de persianas que havia comprado.

“Eu queria enviar a mensagem a outra menina que tem o mesmo nome, porém infelizmente foi para ela. Um tempo depois até pedi desculpas pelo ocorrido e não entendo como o mal entendido chegou a este nível. Não posso perder esse emprego, pois dependo dele. Sou sozinho em Campo Grande e nunca tive nenhum comportamento errado com ela. A empresa sabe que sou um funcionário que nunca apresentou problemas”, relata.

O funcionário ainda afirma que não teria obtido o número da cliente em cadastro da empresa, pois não tem acesso a este tipo de informação no setor que trabalha. Thiago disse que lamenta pelo ocorrido e temer pelo seu futuro já que a situação foi muito além do que imaginava. Por conta disso o autor das mensagens irá procurar um advogado depois que soube do registro policial feito pela cliente.

Midiamax