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Médicos fazem protesto contra Dilma e ministro em Campo Grande
terça-feira, 23 Julho, 2013 - 14:30
Cerca de 500 médicos e profissionais da saúde fazem um protesto contra o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, e por por melhorias no SUS (Sistema Único de Saúde). Eles fizeram uma passeata pela Avenida Afonso Pena, entre a Praça Ary Coelho e a Prefeitura da Capital e entoaram gritos contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os principais alvos da manifestação.
Com nariz de palhaços e carregando um caixão simbolizando a morte do SUS, os manifestantes deixaram a praça Ary Coelho e seguiram pela avenida. Entre as reivindicações da categoria constam reestruturação da carga horário dos profissionais, validação do diploma dos médicos estrangeiros e melhores condições de trabalho.
Segundo o presidente do SinmedMS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcos Antônio Leite, a categoria está nas ruas porque a Saúde está enfrentando problemas graves. “Nós queremos mais estrutura de trabalho e insumos”, afirma.
Para o sindicalista, não falta médico no País, já que são formados anualmente 17 mil profissionais. De acordo com ele, os profissionais querem trabalhar, mas em locais que possibilitem o médico desempenhar sua função da melhor forma possível. Ele cita a questão do interior. “Os médicos não querem ir para o interior não por questão salarial, mas por conta da falta de estrutura. Tem local que não é possível fazer um exame médico”, reclama.
Este é o segundo protesto realizado este ano pela categoria em Campo Grande. Eles são contra a contratação de 6 mil médicos estrangeiros para suprir a demanda no interior do Estado e de áreas carentes das capitais.
De acordo com Marcos Leite, o atendimento ambulatorial e as consultas foram suspensos nesta terça-feira por conta do protesto, mas serão retomados amanhã (24).
No Centro, durante a marcha, os médicos gritavam: "Dilma e Padilha, fora com sua quadrilha" e "Dilma, vai tomar no SUS".
Segundo o médico Wesley Medeiros, há 10 anos no SUS, a revolta da categoria é com o programa do Governo, que não prevê um plano de carreira para a categoria.
Campo Grande News/Foto: Marcos Ermínio