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Morador de Coxim escala os 2.723m do Monte Roraima, na Venezuela

on qua, 03/04/2013 - 06:51
quarta-feira, 3 Abril, 2013 - 07:15

O servidor público federal coxinense Marcilio Lopo realizou uma aventura fantástica no mês passado, que foi a escalada do famoso Monte Roraima. Lopo recebeu um convite de sua cunhada Elcione Dias, para conhecer sua cidade, Boa Vista (RR), feliz com o convite Marcilio resolveu pular de cabeça e escalar o Monte Roraima, assim que chegou de viajem nos procurou para dividir sua experiência com os leitores.

O primeiro passo de Lopo foi entrar em contato com uma empresa especializada para realizar a façanha. Tudo organizado, Marcilio saiu de Coxim com destino a Cuiabá (MT), de onde embarcou num avião e foi até Boa Vista.

Em Boa Vista, sua namorada Eliene Dias e sua cunhada o levaram até a cidade de Pacaraima (RR), na divisa com a Venezuela e em seguida foi até Santa Elena de Uairén. Marcilio chegou à sede da empresa que iria acompanhá-lo na aventura no dia 23 de março, onde se juntou ao grupo formado por 16 pessoas, sendo que 8 pessoas fariam o serviço de suporte, guias, cozinheiros e carregadores.

O grupo saiu de Santa Elena no dia 24 de março, com destino a primeira base, o Parque Nacional Conaima (Venezuela), onde todos precisaram receber uma autorização e assinar um livro de registro, além de conferir todo o equipamento.

Em seguida, o aventureiro seguiu numa caminhada de 12 quilômetros até o primeiro acampamento, na região da Gran Sabana, uma imensidão de campos e cerrados com morros e córregos, que há centenas de anos, era formado por enormes florestas nativas.

A aventura só estava começando, mas o cansaço já era evidente devido à altitude e o peso da mochila. O que fortalecia o grupo eram os banhos nas águas super geladas do rio Ték, que desce do Monte Roraima. De muito longe já era possível avistar aquele imenso paredão, o mais antigo do Planeta Terra, com cerca de 2 bilhões de anos.

O segundo acampamento fica na base da montanha, o local é recheado por muitas espécies de orquídeas, vegetação tipo cerrado e pequenas florestas. O próximo passo foi atravessar o rio Kukenón, que já ficava bem próximo ao paredão, onde seria feita a escalada, ou seja, a parte mais difícil e emocionante da aventura.

No outro dia, um café reforçado, feito pela Equipe de Apoio, que por sinal não poupou elogios. Começaram a escalada que em alguns pontos chega a 75º graus de inclinação, e o ar vai ficando mais rarefeito e a sensação de cansaço vai ficando cada vez maior.

A cada passo, se descansa 5, mas tudo compensava pois o visual daquela montanha é o que dava forças ao aventureiro coxinense chegar lá em cima, com muito esforço chegaram ao topo.

De acordo com Marcilio, a sensação é de estar em outro planeta, “à visão que temos pela TV, é que tudo é plano, por que as imagens são feitas do alto. E na verdade lá em cima não tem muitos terrenos planos, é cheios de altos e baixos, com pedras todas pretas, uma espécie de musgo sobre elas. Lugar fantástico, vegetação única, com muitas orquídeas e plantas carnívoras, mas que se alimentam de insertos, vários pássaros, vi a rã preta e um escorpião, mas o que mais me chamou a atenção foi a presença humana, avistei nas fendas das pedras garrafas pets, chicletes, papéis, embalagens plásticas de todos os tipos e outros materiais que com certeza não demorou 2 bilhões de anos para criar ali”, disse o aventureiro.

O aventureiro destacou a importância de se preservar o lugar, o monitoramento de visitas é a parte mais relevante, pois o local pode se transformar num verdadeiro lixão em pouco tempo, se continuar no mesmo ritmo.

Coxim Agora