Morte de jogador esquartejado em MS foi premeditada

Investigações sobre a morte do jogador Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, indicam que o crime foi premeditado. Além disso, materiais apreendidos e depoimentos colhidos, nos últimos onze dias, também ligam Danilo Alves Vieira, considerado foragido, e a ex-namorada do jogador, Rúbia Joice, de 21 anos, ao crime.

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Sem dar muitos detalhes, nem descrever os elementos colhidos durante as apurações – para não atrapalhar as investigações – o delegado Marcos Werneck, da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), afirmou que os depoimentos dos pais da jovem, inclusive, ajudaram a identificar a participação de uma terceira pessoa, Cleiton Torres Vobeto.

O rapaz, segundo revelou em depoimento, é conhecido dela há nove anos, foi quem contribuiu para que a polícia localiza-se as partes do corpo da vítima, jogadas no rio Iguatemi. Ele estava na casa da jovem, onde o crime aconteceu, e ajudou ocultar o corpo do jogador, após ameaça.

“A colaboração do testemunho foi peça-chave no encontro dos restos mortais de Hugo. A partir desse momento, tínhamos a certeza de que não estávamos mais lidando com um desaparecimento, mas sim, com homicídio”, declarou o delegado.

As investigações, então, identificaram crimes conexos, como ocultação de cadáver e fraude processual.

“Nesse momento, temos elementos para afirmar que se tratava de delito premeditado. Identificamos a qualificadora do recurso que dificultou, no caso, especificamente, tornou impossível a defesa da vítima e identificamos a participação de Rúbia como coautora”, afirmou Werneck.

A delegada Lucélia Constantino de Oliveira, que está à frente das investigações, pontuou que, até o momento, 17 pessoas foram ouvidas.

Além disso, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na apreensão de celulares e instrumentos cortantes que teriam sido usados no crime, inclusive para esquartejar a vítima.

Laudos periciais também são aguardados para a conclusão do inquérito.

A entrevista coletiva foi feita na Câmara de Vereadores de Sete Quedas e reuniu representantes de todas as forças policiais dedicadas à elucidação do caso, Polícia Civil, Polícia Técnica, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.