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MS criou 117 novas vagas de emprego por dia em 2019

on qua, 24/04/2019 - 11:54
quarta-feira, 24 Abril, 2019 - 11:45

Foto: reprodução

Mato Grosso do Sul gerou em média, até aqui no ano, 117 novas vagas de emprego por dia com carteira assinada, segundo o boletim do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Considerando apenas março, a média de 17 novos postos criados diariamente.

O número foi divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Governo Federal e aponta que entre janeiro e março o Estado teve 10.570 empregos gerados.

O cenário vai ao oposto do que o Caged apontou no Brasil, onde no mesmo período, 43.196 postos de trabalho formal deixaram de existir.É o terceiro pior índice para o mês desde que os dados passaram a ser divulgados.

No mês de março, segundo o Caged, houve um incremento de 526 empregos formais impulsionado pela indústria de transformação (625 novas vagas) e serviços (695 novas vagas).

Nos subsetores da indústria de transformação destaque para indústria de alimentos e bebidas, com geração de 595 novas vagas, e indústria farmacêutica, com 177 novas vagas. 

No setor de Serviços, o destaque ficou para Transportes com criação de 249 novas vagas e Serviços médicos, odontológicos e veterinários com geração de 209 novas vagas.

“O Governo do Estado segue com a política de atração de novos empreendimentos para Mato Grosso do Sul, que diversifiquem nossa economia e gerem mais empregos", comentou o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.

Mesmo com queda no número de postos de trabalho em março (eram 3.511 no ano passado e foram 526 nesse), Mato Grosso do Sul endossa a lista dos estados que tiveram, crescimento ao lado de Minas Gerais (5.163), Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio Grande do Sul (2.439), Amazonas (157), Roraima (76) e Amapá (48).

BRASIL

Segundo o Ministério da Economia, houve queda de 15,88% na geração de emprego formal no primeiro trimestre deste ano quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado. O cálculo considera os dados sem ajustes sazonais. 

Por esta série, houve no primeiro trimestre deste ano geração de 164,2 mil empregos com carteira assinada. No primeiro trimestre de 2018, a criação de vagas formais havia sido de 195,2 mil.

Na avaliação do secretário do Trabalho , Bruno Dalcomo, o resultado negativo foi influenciado por uma questão sazonal. Em fevereiro, as contratações superaram as demissões em mais de 173 mil vagas, superando em muito as expectativas de economistas do mercado, que estavam na casa dos 80 mil postos. Ou seja, os empresários que costumam demitir no início do ano seguraram as dispensas. Como compensação, essas demissões represadas acabaram chegando em março.

No mês anterior, o saldo havia ficado positivo, com 173.139 admissões (1.453.284 admissões e 1.280.145 demissões). Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943.

O dado negativo, no entanto, coincide com a reversão de expectativas de crescimento econômico. De acordo com o boletim Focus, compilado de projeções de economistas divulgado pelo Banco Central, o mercado começou o ano esperando que o PIB cresceria 2,5% neste ano e, hoje, já prevê alta de apenas 1,7%. Questionado sobre essa reversão de expectativas, Dalcomo admitiu que a economia ainda não decolou, mas negou que o dado do Caged de março represente uma estagnação da economia.

"Não há o que se duvidar. A gente tem dito isso em todas as discussões. O trabalho é uma derivada do desempenho da economia. O mercado de trabalho está reagindo, mas não é ainda o crescimento forte que todos nós gostaríamos que fosse para reduzir o estoque de desempregados que estão em um patamar muito alto", disse o secretário. 

O coordenador geral de estatísticas do Trabalho, Mário Magalhães, acrescentou que isso está no radar. 

"Há de fato uma expectativa se de fato a economia em 2019 vai decolar ou não. Isso está no radar. O que queremos dizer é que é cedo para afirmar. Uma coisa é a projeção de mercado, outra é o que acontece. O fato de 2019 ter um resultado abaixo de 2018, não tão expressivo pela sazonalidade, mostra que a economia ainda não decolou, continua num ritmo lento, de certa forma alguns setores que não estão mais empregadores, num compasso de espera, têm tudo a ver com a conjuntura. Tem uma expectativa de mercado que está em suspenso. Esse resultado de março não significa que a economia entrou num processo de estagnação. Há esse movimento de compensação entre os meses", disse Magalhães. 

Em março do ano passado, o mercado formal de trabalho havia criado 56.151 vagas com carteira assinada. O resultado deste ano é o terceiro pior para o mês da série histórica iniciada em 2002. O número foi puxado principalmente pela perda de 28.803 postos de trabalho no comércio. O setor de serviços, em contrapartida, ajudou a evitar um resultado ainda pior, ao registrar saldo positivo de 4.572 contratações.  

Os três estados com o pior resultado no Brasil são Alagoas (-9.636 vagas), São Paulo (-8.007) e Rio de Janeiro (-6.986). Todas as regiões tiveram resultados negativos, com destaque para o Sudeste, onde a perda chegou a 10.673 postos.

O salário médio das admissões registradas em março ficou em R$ 1.571,58, valor que, se comparado ao mesmo período do ano anterior, representa perda real de R$ 8,10 (-0,51%).

Já o salário médio que era pago no momento da demissão apresenta queda maior, de R$ 29,28 na comparação com março de 2018 – valor que representa perda real de -1,69%.


Fonte: Correio do Estado