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MS tem o melhor fevereiro na geração de empregos em 5 anos, aponta Caged

on seg, 25/03/2019 - 21:37
segunda-feira, 25 Março, 2019 - 21:30

Indústria teve segmentos positivos na geração de empregos, segundo o Caged. (Foto: Arquivo)

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta segunda-feira (25) apontam que Mato Grosso do Sul teve o melhor mês de fevereiro ao longo de cinco anos na geração de postos de trabalho. Com avanços em setores da indústria e de serviços, bem como da construção civil, o Estado abriu 3.511 vagas de emprego apenas no mês.

Desde 2015 não são abertas tantas oportunidades no Estado –naquele ano, foram 1.574 empregos gerados, com 1.124 no mesmo mês de 2016, 2,517 em 2017 e 3.280 no ano passado. O indicador ainda é o terceiro melhor para o mês desde 2011, quando foram criadas 5.391 vagas no Estado, e de 2014, com 4.362, conforme o próprio Caged.

Os números locais também se alinham ao apontado na economia nacional, onde o país registrou a abertura de 173.139 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro –o sexto melhor da série histórica do Caged desde 1992, segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia (que absorveu o Ministério do Trabalho).

Em números, o setor de serviços foi o que mais gerou vagas de trabalho em fevereiro deste ano, com 8.714 contratações e 6.585 demissões, um saldo de 2.129 vagas (1,13%).

Os destaques no setor foram transportes e comunicações, com 748 vagas abertas; serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (610) e ensino (589). A área de serviços não teve nenhum indicador negativo –o pior índice veio do comércio e administração de imóveis e valores, com aumento de 0,04% nas vagas (19 em números totais).

Entre os setores, em números absolutos, a agropecuária (522 vagas, 0,74% de variação positiva) teve o segundo melhor desempenho geral; seguida do comércio (326, 0,26%) e a construção civil (280, 1,25%).

No mês, o único setor a apresentar resultado negativo foi a administração pública, com involução de 0,03%.

Na indústria da transformação, que no quadro geral criou 195 vagas de trabalho (alta de 0,21%), estão os destaques negativos do mês. A indústria mecânica, com menos 87 postos de trabalho, teve a maior retração, seguida da de papel, papelão, editorial e gráfica fechou 82 vagas.

Períodos – O ano também tem sido generoso quanto a criação de vagas de trabalho. Entre janeiro e fevereiro (com ajustes estatísticos do mês de dezembro de 2018, conforme o Caged), já foram criados 9.705 vagas de trabalho em Mato Grosso do Sul. Foram 48.350 vagas abertas e 38.645 fechadas, variação positiva de 1,92%.

Novamente, o setor de serviços lidera no bimestre, com 7.071 vagas abertas. Agropecuária, com 1.638 vagas, e construção civil, com 702, aparecem na sequência. Da mesma forma, a administração pública fechou 0,03% das vagas.

Já o comparativo dos últimos 12 meses (a partir de março de 2018), o mercado também mostra reação, ainda que de forma tímida: a geração de vagas no período chega a 991, evolução de apenas 0,19% (com 242.314 vagas geradas e 241.323 fechadas).

Os setores que se mostram em alta neste ano tiveram retrações considerável neste recorte: foram 923 vagas fechadas, o maior entre os setores. O setor agrícola também teve saldo negativo, de 490 postos de trabalho. Na construção civil foram 103 demissões acima das 17.785 contratações. Por outro lado, o comércio abriu 1.869 vagas (60.976 criadas e 59.107 fechadas).

Pelo Estado – Todos os 14 municípios pesquisados pelo Caged em Mato Grosso do Sul tiveram avanço nas vagas criadas. Maior cidade, Campo Grande também libera nas novas oportunidades: foram 1.004 empregos com carteira assinada (8.435 admissões e 7.431 demissões).

Dourados aparece em segundo lugar, com 200 vagas abertas (2.111 contratações e 1.911 desligamentos). Na sequência aparece Três Lagoas, com 176 vagas abertas (1.264 admissões e 1.088 demissões).

Também participaram da pesquisa os municípios de Maracaju (128 vagas abertas), Paranaíba (109), Ponta Porã, Corumbá e Sidrolândia (66), Nova Andradina (47), Naviraí e Coxim (37), Aquidauana e Rio Brilhante (18) e Amambai (5).

Nacional – Conforme o governo federal, os 173.139 empregos gerados no país também representam o terceiro ano consecutivo de aumentos crescentes após a recessão. Em fevereiro deste ano havia 38,6 milhões de postos de trabalho formais no país, alta de 0,45% em relação a janeiro e de 1,51% no mesmo período de 2018 no país.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o saldo de 2019 chega a 207,4 mil, superior em 68,4 mil ao do mesmo período de 2018 (139 mil) e em 130,9 mil ao de 2017 (76,4 mil). O resultado representa crescimento de 49,2% na abertura de postos de trabalho em relação ao acumulado do mesmo período de 2018 e de 171,2%, em relação ao de 2017.

Pelo país, o resultado do mês passado é relacionado em boa parte à maior geração de empregos na indústria de transformação e construção civil, nos quais a retomada do crescimento se mostrava mais lenta que nos setores de serviços e comércio.

No mês, o governo aponta saldo de emprego positivo em sete dos oito setores econômicos, com destaque para os serviços, com 112.412 postos de trabalho abertos e saldo positivo em todos os seis subsetores, avanço de 0,65%..

A melhora ocorreu em todas as regiões, exceto no Nordeste (saldo negativo de 12.441 postos de trabalho). No Sudeste, foram geradas 101.649 vagas formais, ante 66.021 no Sul, 14.316 no Centro-Oeste e 3.594 no Norte. No Nordeste, o saldo foi negativo em 12.441 postos.

São Paulo (62.339), Minas Gerais (26.016), Santa Catarina (25.104), Rio Grande do Sul (22.463) e Paraná (18.254) lideram a abertura de vagas, ante um recuo de 12.396 postos em Pernambuco, resultado da queda sazonal do emprego na produção da cana de açúcar.


Fonte: Campo Grande News