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Pai e filho são presos com arsenal ilegal em Campo Grande
segunda-feira, 19 Junho, 2023 - 19:15
Um homem, de 58 anos, foi preso junto com o filho, de 19, por comércio ilegal e tráfico internacional de arma de fogo, em Campo Grande, nesse domingo (18). Pai e filho usavam a própria casa como ponto de vendas, onde havia um arsenal, no bairro Parque Lageado.
Pai e filho vendiam armas compradas por comparsa no Paraguai. — Foto: Divulgação/PM
A polícia apreendeu pistolas, revólveres, carabina, lunetas para armas longos, espoletas, chumbo, carregadores, mais de 600 munições de diversos calibres, além de R$ 9,8 mil em espécie.
Os dois foram presos em flagrante. De acordo com a Polícia Militar, o pai foi flagrado com munições calibre 357. O homem tentou descartar as munições ao ver os policiais.
Após a abordagem, o suspeito levou os agentes até a casa dele, onde foi feita a apreensão de parte das armas e munições, além da prisão do filho dele, que estava no local.
Em seguida, o pai indicou outro endereço, de uma oficina, onde eram fabricadas as munições e feitas adaptações em armas de fogo.
Neste endereço, no jardim Centenário, os policiais apreenderam o restante do arsenal. De acordo com a PM, o local é de um mecânico de 47 anos, que comprava as armas do Paraguai e levava para os comparsas venderem em Campo Grande. Ele não foi encontrado, mas já foi identificado.
Durante a abordagem, os suspeitos confessaram o comércio ilegal de armas. Contudo, preferiram ficar em silêncio na delegacia.
O delegado que realizou o flagrante, Felipe Madeira, diz que as investigações preliminarmente apontam indícios de tráfico internacional de armas. O caso ainda será encaminhado para a 5º Delegacia de Polícia (DP) de Campo Grande, que investigará a situação.
"É um crime mais grave, ele mesmo teria dito que as armas vinham do Paraguai, e algumas das munições que foram encontradas nas caixas eram claramente de origem internacional", disse o delegado.
Audiência de custódia
Na manhã desta segunda-feira (19), pai e filho passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão em flagrante revertida para preventiva. "Diante desta decisão, a gente vai entrar com as medidas cabíveis tanta em primeira, quanto em segunda instância se for o caso", comentou o advogado de defesa dos dois, Carlos Frazão Pinto.
Os dois vão responder por posse e porte irregular de arma de fogo de uso permitido, tráfico internacional de arma de fogo, além de comercio ilegal de arma de fogo, quando equipara-se a atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comercio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. As penas podem ultrapassar 12 anos.
Fonte: G1/MS