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Paixão pelo circo fez camapuanense e amigo criarem a KombiCast
quinta-feira, 27 Junho, 2024 - 23:00
Vivendo da arte circense, Nilce Maciel e Junior de Oliveira sabem de como o potencial da arte é forte por aqui, mas começaram a se perguntar o motivo do assunto ser tão pouco retratado. Unindo o amor pelo circo com a vontade de contar essas histórias, o casal transformou sua Kombi em podcast e estão dedicados a passar seis meses focados em colocar holofotes no circo sul-mato-grossense.
Ideia foi reunir artistas para falar sobre o cenário atual do circo em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação)
“Começou a gerar uma inquietação nossa de quando pesquisamos sobre circo em Mato Grosso do Sul, isso porque você encontra pouquíssimas coisas. É claro que é necessário falar sobre como o circo chegou, qual é a história dele por aqui, mas falar do que se está produzindo hoje também é necessário e isso é escasso”, resume Nilce sobre a ideia.
Com lançamento marcado para este mês, o KombCast conseguiu sair do papel com apoio da Lei Paulo Gustavo em Campo Grande. “Acredito que seja a vontade de mostrar pro mundo as pessoas incríveis que conhecemos e que vamos conhecendo em nossas viagens. Nessa primeira edição estamos tendo a oportunidade de entrevistar grandes profissionais apaixonados pelo circo e que por sorte também são nossos grandes amigos, e a ideia é levar pro público essa paixão para quem sabe entenderem porque trabalhamos com tanto amor e vontade com o circo”, diz Junior.
Mas, voltando para memórias anteriores, o artista explica que a ideia talvez tenha surgido durante uma das primeiras viagens que receberam na Kombi enquanto estavam em Dourados. Por lá, o cicloturista e escritor Beto Ambrósio estava na cidade e, durante a saída de uma feira, ele e sua companheira, Nika Araújo, ficaram vendo o veículo.
“Convidamos eles para entrarem e tivemos uma conversa super interessante sobre viagens e logo depois, dois grandes amigos e grandes produtores audiovisuais apareceram e fomos formando a ideia, pois na época já pensamos em começar a gravar nossas viagens. Desde então, começamos a pensar como poderíamos fazer para executar esse projeto e chegamos no que hoje é o KombCast – Conversas sobre o Circo em Campão”, detalha o artista.
Projeto está durando seis meses em toda sua produção. (Foto: Divulgação)
Sobre sua história, Nilce explica que o amor pelo circo começou já em Campo Grande. “Sou de Camapuã, há 13 anos moro em Campo Grande e vim para fazer faculdade, mas tinha o sonho de fazer teatro. Logo que cheguei, procurei curso de teatro e encontrei o circo, mas comecei fazendo perna de pau e depois é que me entendi como artista de circo realmente”. Nilcieni é filha do Sr. Luis Carlos e da Sra. Nelci e tem duas irmãs, Luiza e Naureli.
Já Junior é de Campo Grande e começou nas artes circenses em 2003, desde então se dedicou ao ramo, assim como ao teatro e à música.
“Após trabalhar com grandes profissionais da Capital tive a oportunidade de sair do Estado para me aprofundar no estudo das técnicas circenses, foi aí que em 2008 fui para Londrina, onde me formei no curso profissionalizante de circo com foco também no circo social e no ensino da arte circense. Em 2012, fui para o Rio de Janeiro e tive a oportunidade de estudar na Escola Nacional de Circo e me formar como um dos alunos da Bolsa Funarte de Artes Circenses. E em 2014, através do programa Rumos do Itaú Cultural, fui para Bruxelas na Bélgica fazer uma residência artística e uma especialização na técnica de quadrante com o renomado professo Yuri Sakalov (Russia)”.
Foi em 2015 que Junior retornou para Mato Grosso do Sul com a ideia de ministrar aulas de circo e desenvolver trabalhos com o Circo Le Chapeu. No caminho, se tornou sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Artístico e Social Sucata Cultural em Dourados.
Nilce relata que foi nessas idas e vindas que os dois se conheceram, justamente quando Junior voltou para Campo Grande. Em 2020, os dois entraram para coordenação do colegiado de circo e foi ali que Nilce conheceu mais de perto o trabalho do artista e, no final de 2022, começaram a namorar.
“A partir daí surge a Kombi Edite na nossa vida, um sonho em comum de poder viajar e aliar isso à paixão da arte, da cultura e do circo. E desde então temos nos dedicado aos trabalhos pessoais, aos trabalhos em conjunto, as viagens e a tornar a Kombi Edite cada vez mais nossa casa, nosso meio de locomoção e um dos nossos meios de produzir e fazer arte e fortalecer a cultura local e do circo”, descreve Junior sobre como a Kombi entrou na história.
E com tudo isso em mente é que nasceu o podcast, sendo necessário também considerar toda a ajuda do restante da equipe. “Tati e Fabrício, que são dois grandes amigos e profissionais do audiovisual, deram super apoio porque fazemos a captação com a Carol Carvalho, que é das artes e do audiovisual, além da nossa assistente de produção”.
Ao todo, oito convidados estão inclusos nas entrevistas representando companhias, o nicho de festivais, artistas solo, de rua, projetos sociais, gestão cultural e circo itinerante. Para acompanhar os lançamentos, é possível acompanhar através do perfil @kombiedite.
Fonte: Campo Grande News com InfocoMS