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Petrobras anuncia retomada das obras da fábrica de fertilizantes em MS
sexta-feira, 19 Abril, 2024 - 12:45
As etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano, segundo a Petrobras. A estatal anunciou que o processo licitatório para o reinício das obras deve ser aberto em dezembro de 2024.
A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução
A expectativa é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.
Na última sexta-feira (12), o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.
Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse, em entrevista a CNN, que as obras serão retomadas.
Na entrevista, ele rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.
Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.
O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia a realidade
"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano”, disse.
Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.
A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.
A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
Fonte: Correio do Estado