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Polícia da Bahia faz recomendações polêmicas

on dom, 24/03/2013 - 20:39
segunda-feira, 25 Março, 2013 - 07:30

Site da Secretaria de Segurança da Bahia recomenda que cidadão carregue dinheiro para o ladrão

Uma recomendação para casos de assalto, feita pela Polícia Civil da Bahia, está causando polêmica no Estado. Segundo o site do órgão, que publicou um link com "Dicas / Como agir em caso de assalto", as vítimas deveriam andar com dinheiro para "satisfazer" um possível assaltante.

"Carregue um pouco de dinheiro (para satisfazer o ladrão), mas poucos cartões", diz a sexta dica da página, publicada no site da polícia e da SSP (Secretaria de Segurança Pública).

A recomendação, que havia passada despercebida, foi divulgada pelo blog "Bahia Notícias", nesta terça-feira (12), e rapidamente foi retirada do ar pela polícia, o que não impediu que internautas criticassem nas redes sociais a "dica oficial".

"Não dê risada, não, é serio. É assim que a polícia baiana trabalha: manda tu levar um trocado pra satisfazer o ladrão", disse Silas Reis. "E se não tiver dinheiro?", questionou Emerson Arraes. "Mais uma da série: pense num absurdo?!", escreveu Júlio Porto.

O caso também teve repercussão na Assembleia Legislativa. A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública aprovou, na manhã desta terça-feira, um requerimento convidando o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, a prestar esclarecimentos sobre a orientação e para falar sobre o crescimento da violência no Estado.

Opositor do governo, o vereador Leo Prates, vice-líder do prefeito ACM Neto e líder do DEM na Câmara Municipal, sugeriu a criação de um "imposto ladrão" e disse que "isso mostra a falência da segurança pública na Bahia".

Retirado do ar

Após a polêmica, o delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, Hélio Jorge Paixão, informou, em nota, que já determinou, na manhã desta terça-feira, "a retirada temporária do link Dicas de Segurança do site da Polícia Civil, que também era postado na homepage da Secretaria da Segurança Pública".

Ainda segundo o órgão, as "informações ali contidas, postadas há mais de cinco anos, vão passar por revisão e atualização"