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Romário vê CBF nas mãos de "quadrilha" e pede prisão de Marin
quinta-feira, 21 Março, 2013 - 09:45
Um dos principais antagonistas do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, o deputado federal Romário (PSB-RJ) voltou a atacar o dirigente. Nesta quarta-feira, por meio de seu Twitter, o ex-atacante publicou o link de vídeo anônimo em que é possível ouvir uma voz que seria do cartola e pediu sua prisão.
"Este último vídeo do Marin comprova que a CBF está nas mãos de uma quadrilha", afirmou Romário. "Prende esses caras, está na hora de dar um exemplo para o Brasil", completou o ex-centroavante.
Na gravação, publicada no YouTube por usuário identificado como "Justic Just", uma voz que seria de Marin faz declarações ríspidas para um grupo de pessoas. Segundo o vídeo, a discussão envolveria ainda o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo del Nero, e uma empresa responsável por administração de estádios e venda de ingressos.
O Terra entrou em contato com a CBF para comentar as palavras de Romário, mas uma posição oficial depende de uma consulta a Marin na quinta. A reportagem ainda tentou entrar em contato a adminstração da empresa citada na gravação, porém não obteve resposta.
Este é mais um caso em que Romário busca explicações para o comportamento de Marin. Na última semana, o deputado federal pediu durante sessão do plenário que o dirigente explicasse detalhes do contrato que a CBF tem com a Nike, empresa que fornece material esportivo para a Seleção Brasileira.
O presidente da CBF viu seu nome envolvido em polêmicas mesmo antes de assumir o cargo. Durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Junior de 2012, conquistada pelo Corinthians, Marin foi filmado pegando para si uma das medalhas destinadas aos jogadores. Posteriormente, explicou que havia recebido a permissão de ganhar uma.
Mais recentemente, o dirigente vem sendo pressionado por conta de suas atividades como deputado em 1975, durante a ditadura militar. Marin teria pedido "providências" do Estado contra a TV Cultura por suas atividades. Pouco depois, o diretor de jornalismo da emissora, Vladimir Herzog, foi preso, torturado e morto na sede do DOI-CODI, em São Paulo.
O presidente da CBF negou veementemente qualquer ligação com o caso e usou até mesmo o site da entidade para se defender. O dirigente pode ainda ser chamado a depor pela Comissão da Verdade, que busca apurar crimes cometidos durante o regime militar.
Terra