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Sem perder rebanho, pecuária dá espaço para novas culturas

on sex, 27/07/2018 - 07:10
sexta-feira, 27 Julho, 2018 - 07:15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

 

Mesmo sem perder seu volume de rebanho bovino, a área de pastagem para pecuária de Mato Grosso do Sul encolheu e abriu espaço para outras culturas, como as lavouras temporárias, que incluem a soja, a cana-de-açúcar e o milho, e para as florestas plantadas, principalmente de eucaliptos. De acordo com dados do Censo Agro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem, nos últimos 11 anos, as áreas de pastagens plantadas do Estado tiveram redução de 14% – saíram de 14,8 milhões de hectares em 2006 para 12,7 milhões/ha em 2017, uma perda de 2,1 milhões/ha.

Em contrapartida, as áreas de lavouras temporárias cresceram 55% (crescimento de 1,1 milhão/ha) e chegaram a 3,3 milhões/ha de área. Além disso, as florestas plantadas, muito presentes na costa leste do Estado, próximas às fábricas de celulose e papel em Três Lagoas, tiveram aumento de 809% – saíram de 104 mil/ha em 2006 para 950 mil/ha no ano passado.

A analista-chefe da equipe de grãos da Rural Business, Tania Tozzi, explica o que motivou a migração dos pecuaristas para a agricultura, especialmente para as produções de soja e milho. O principal motivo teriam sido as condições econômicas mais favoráveis do setor de grãos. “A atividade [pecuária] foi estrangulada pela diminuição da margem de lucro e produtividade muito menor que a agrícola. Então, os pecuaristas que tiveram condições, ao longo desta última década, migraram parcial ou totalmente para a atividade de agricultura”, ressalta.


Fonte: Correio do Estado