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Sem receber, médicos entram em greve no Hospital de Câncer da Capital

on ter, 06/11/2018 - 07:25
terça-feira, 6 Novembro, 2018 - 07:15
Foto: Paulo Ribas / arquivo / Correio do Estado
 
Sem receber, cerca de 30 médicos do Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) paralisaram os atendimentos nesta segunda-feira (5). Ao todo, 210 consultas de hoje, amanhã (6) e quarta-feira (7) foram canceladas e os pacientes estão sendo informados que não serão atendidos nos próximos dias.
 
Os valores pendentes com os profissionais de saúde não foram divulgados, pois cada médico possui um contrato e produções diferentes. O repasse não foi feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) ao hospital, que realiza o pagamento.
 
Em nota, o hospital informou que apenas os atendimentos ambulatoriais, que são as consultas, pararam. “Os demais atendimentos como: quimioterapia, radioterapia, cirurgias, exames (raio X, tomografias, laboratoriais, etc), campanha Novembro Azul, emergências/urgências, estão sendo realizados normalmente. As atividades médicas no hospital serão retomadas em sua totalidade assim que solucionadas as pendências”, diz a nota.
 
Um médico do hospital falou com a reportagem e informou que os tratamentos em andamento não serão prejudicados, porém novos pacientes, que poderiam ser atendidos e ter um câncer diagnosticado precocemente, não terão consultas.
 
“São 30 médicos com 15 atendimento por período. Novos casos que podem ser diagnosticados não estão. Os pacientes que estão em tratamento não serão prejudicados. Não estão pagando nenhum [médico]. Os da UTI estão recebendo retroativo de dois meses. Ambulatório um mês. Já vem acontecendo com frequência”, disse o profissional que preferiu não se identificar.
 
Ainda segundo o hospital, não há informação sobre quando as consultas canceladas serão remarcadas. A expectativa é que isso ocorra ainda essa semana. Os pacientes que estão com consultas marcadas até quarta estão sendo informados por telefone que não serão atendidos.
 
A SES foi procurada pela reportagem para saber sobre quando o repasse deve ocorrer e normalizar o pagamento dos médicos, mas até o fechamento da matéria não houve retorno.

Fonte: Correio do Estado